Boca, orofaringe, faringe, laringe, cavidade nasal, seios paranasais, tireoide, glândulas salivares, cérebro e olhos: o câncer de cabeça e pescoço é um termo genérico que engloba tumores em todas essas partes do corpo e que podem atingir mais de um local na área em questão. Assim, no câncer de boca ou oral, por exemplo, estamos falando de tumores que acometem lábios, língua, gengiva, bochechas, assoalho bucal, céu da boca e língua.
Tipos mais comuns de câncer de cabeça e pescoço
Entre os tumores de cabeça e pescoço, o câncer de laringe é o mais frequente e responde por 25% dos casos e por 2% de todas as neoplasias malignas. Além dele, estas seis são as outras neoplasias malignas de cabeça e pescoço mais frequentes: cavidade oral, orofaringe, tireoide, pele (no caso, pele da face e do pescoço e tumores no couro cabeludo), olhos e os tumores intracranianos (envolvem o cérebro e outras estruturas como a meninge, que é a membrana que recobre o órgão).
O que é o câncer em geral?
A origem do câncer se dá no nível celular. Por razões que podem estar relacionadas à hereditariedade ou ao estilo de vida, por exemplo, as células começam a crescer e a se renovar de maneira anormal, dando origem a nódulos e tumores que comprometem a função do órgão ou da estrutura em que se localizam.
Diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço faz a diferença
Como acontece com todos os outros tipos de câncer, o diagnóstico precoce é determinante para a cura. O problema é que no caso dos tumores de cabeça e pescoço isso não costuma acontecer. Segundo o Ministério da Saúde, em média, 76% dos diagnósticos (3 em cada 4) são feitos quando o tumor está em estágio avançado.
O diagnóstico tardio acaba elevando a taxa de mortalidade. Números do Ministério da Saúde apurados em 2020 indicam 8,21 óbitos em cada 100.000 homens; e 2,17 mortes em cada 100.000 mulheres. Os tumores de cabeça e pescoço atingem frequentemente homens acima de 40 anos e fumantes.
Cigarro e álcool são críticos para o surgimento do câncer
O tabagismo aumenta em até cinco vezes os riscos de desenvolver tumores de cabeça e pescoço. E quando o fumo é associado ao consumo excessivo de álcool essa probabilidade aumenta ainda mais. A infecção por papilomavírus humano (HPV) também é fator de risco para os tumores orais e de garganta (faringe e laringe). De maneira geral, bons hábitos alimentares também são recomendados, assim como a prática regular de exercícios físicos, já que contribuem para a manutenção da saúde.
Sintomas do câncer de cabeça e pescoço
Os sintomas variam de acordo com as áreas da cabeça e do pescoço que são atingidas. É importante procurar um médico se notar algum destes sinais: nódulos no pescoço, feridas na cavidade oral por mais de quinze dias, dor de garganta persistente, dificuldade para engolir e alterações na voz ou rouquidão. Nem sempre esses sintomas estão relacionados a neoplasias malignas de cabeça e pescoço – mesmo assim, devem ser investigados pelo médico.
Tratamentos para os tumores de cabeça e pescoço
O arsenal para lidar com tumores de cabeça e pescoço inclui cirurgias para extrair o tumor, sessões de quimioterapia e de radioterapia. Em alguns casos, o tratamento pode ser feito com terapia-alvo, que consiste na utilização de medicamentos que atuam especificamente sobre as células tumorais, reduzindo, assim, os efeitos colaterais, ou com imunoterapia, que é a utilização de drogas para estimular o sistema imunológico. A prescrição terapêutica é feita com base no tipo de tumor, em sua localização e no estágio em que ele se encontra. Confira a série Entendendo o Câncer para ler todos textos que produzimos a respeito das formas mais comuns da doença, aprenda sobre o tema e saiba o que é verdade ou mentira quando se fala sobre esse assunto tão importante