Você já ouviu falar sobre a canelite? Se você chegou até aqui, é provável que tenha recebido o diagnóstico ou que tenha pesquisado alguns sintomas. Em qualquer caso, fique sabendo que esse é um problema que tem solução!
A canelite é uma inflamação (por isso o sufixo “ite”) na região da canela, conhecida por causar muita dor e trazer prejuízos para a qualidade de vida dos pacientes afetados. Apesar disso, ela não é muito conhecida.
Por isso, preparamos um conteúdo exclusivo para trazer mais informações sobre o problema. Ao longo da nossa conversa, você vai descobrir mais sobre os sintomas, as causas e, claro, o tratamento desse problema. Vamos lá? Boa leitura!
O que é canelite?
Outro nome dado à canelite é “síndrome de estresse do medial tibial”, e ela nada mais é do que uma inflamação nas imediações da tíbia, o osso que forma a nossa canela.
Esse osso é recoberto por terminações nervosas, músculos e outras estruturas que podem ficar sensibilizadas pelo processo inflamatório.
Por vezes, a inflamação pode atingir até mesmo o próprio osso, fazendo com que se torne um problema ainda mais delicado e perigoso.
Quais são os seus sintomas?
O principal sintoma da canelite é a dor. Ela normalmente é aguda e intensa, apresentando piora quando a pessoa pisa no chão — ainda que possa ser sentida também em repouso. A localização da dor é na parte da frente da perna, abaixo do joelho, em sentido vertical.
Além disso, é comum que as pessoas afetadas pela canelite sintam um certo inchaço na perna afetada, além de sensibilidade ao toque. Como toda inflamação, é possível que também se observe vermelhidão na região, além de um aumento de temperatura.
Quais são as causas da canelite?
Como tudo na vida, a canelite tem suas causas e consequências. A partir de agora, saiba exatamente o que pode fazer com que esse problema surja. E não se esqueça: conhecer a sua origem é essencial para que você possa evitar recidivas no futuro.
Calçados inadequados
O calçado perfeito é um dos grandes pilares da prevenção de problemas como a canelite. E, claro, calçados não tão perfeitos assim podem contribuir para o seu desenvolvimento.
Por isso, um tênis que não se encaixe na anatomia do seu pé ou seja muito apertado pode ser um grande precursor dessa situação. Além de dificultar a circulação, os calçados inadequados dificultam o ato de caminhar e correr, gerando lesões que podem atingir a canela ou outras áreas do pé e das pernas.
Pisada errada
Caminhando (perdão pelo trocadilho!) lado a lado ao uso de calçados inadequados, temos a pisada errada. Quando pisamos de forma inadequada no chão, podemos sobrecarregar nervos e outras estruturas, gerando a inflamação.
Por conta disso, é importante consultar um ortopedista caso você tenha muitas dores nos pés e na canela. Ele poderá analisar o modo como você caminha, e prescrever exercícios e outras formas de tratamento para resolver essa questão.
Inadequações na prática de exercícios
Por fim, a canelite também pode estar associada à prática de exercícios físicos. Não é incomum que atletas ou pessoas que frequentam a academia lidem com esse problema.
Alguns dos motivos são:
- falta de alongamento;
- corridas prolongadas, com o peso “jogado para a frente”;
- jornadas muito longas de exercícios, gerando estresse excessivo na região da canela;
- corrida em solos irregulares.
Por isso, é importante que você não exagere em sua prática esportiva. Atividades físicas são tudo de bom, desde que feitas com responsabilidade e cuidado.
Há, ainda, os casos em que a canelite é causada por questões mais sérias, como infecções e, até mesmo, alguns tipos de câncer.
No entanto, não se preocupe! Esses casos são extremamente raros e bem específicos. Se você está lidando com essa questão, confie em seu médico e siga o tratamento proposto.
Como tratar a canelite?
E por falar nele, é hora de mencionarmos como é feito o tratamento da canelite! Um dos principais cuidados nessa etapa é o repouso, que deve ser o mais intenso possível. Além disso, o uso de anti-inflamatórios (orais ou tópicos) pode ser recomendado. No entanto, nada de se automedicar, hein?
Em alguns casos, também é indicado que o paciente faça fisioterapia, a fim de reduzir a inflamação e, ao mesmo tempo, fortalecer a região. Essa é uma ótima estratégia para prevenir problemas no futuro.
Por fim, é importante conhecer a causa da canelite e, claro, eliminá-la da sua rotina. Assim, você pode prevenir que esse problema volte a acontecer.
O que acontece se não tratar a canelite?
Uma das consequências imediatas do não-tratamento da canelite é o prejuízo causado à saúde mental e à qualidade de vida. Afinal, o paciente fica em constante estado de dor, tendo suas atividades do cotidiano prejudicadas por conta do desconforto.
No entanto, isso não é tudo. Não tratar essa inflamação pode fazer com que ela avance e atinja a tíbia (osso), prejudicando a sua estrutura e deixando o paciente mais propenso a fraturas na região. Ou seja: o problema pode se agravar bastante.
Como prevenir a canelite?
As melhores formas de prevenir a canelite são:
- realizar exercícios físicos de forma moderada — e, preferencialmente, com o suporte de um profissional da área;
- não exagerar nos exercícios;
- fazer alongamentos antes e depois da atividade física;
- usar bons calçados, que tragam sustentação adequada aos pés;
- melhorar a pisada;
- andar, sempre que possível, descalço.
Com essas práticas, é bem provável que você nunca mais sofra com a canelite. Mas não se esqueça de esperar a recuperação completa da crise atual antes de voltar à academia ou à sua prática de esportes, ok? No momento, repouso total é indispensável!
Gostou de saber mais sobre a canelite? Embora esse seja um problema bem chato, informação nunca é demais! Agora, você está munido de detalhes que, certamente, vão ajudar em seu tratamento e a prevenir novos casos de inflamação no futuro.
Ficou com alguma dúvida ou gostaria de dar uma olhada em seu caso de canelite? Então, entre em contato com o Hospital Israelita Albert Einstein!
Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).