O que é herpes genital? Esse é um problema muito prevalente em nossa sociedade, mas que ainda gera dúvidas entre as pessoas. Se você faz parte desse grupo, veio ao lugar certo!
Ao longo deste conteúdo, discutiremos não apenas sobre as suas causas, como os métodos de contágio e, principalmente, de prevenção. Além disso, explicaremos como é feito o tratamento da doença.
Então, chega de papo e vamos direto ao assunto! Continue a leitura e veja as respostas para os seus principais questionamentos sobre a herpes genital!
O que é herpes genital?
Em primeiro lugar, é preciso entender que a herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST) — ou seja, ela é transmitida a partir do ato sexual.
De modo geral, há dois tipos de vírus: o HSV-1 e o HSV-2. O segundo está mais associado às infecções genitais, enquanto o primeiro é responsável pelas orais. Apesar disso, o contato oral-genital pode fazer com que um patógeno — o agente causador de doenças — passe da boca para outras áreas.
Quais são os principais sintomas?
Há vários tipos de sinais associados à herpes genital. Eles podem variar de um paciente para outro, levando em consideração o estado do sistema imunológico de cada um — entre outros fatores.
A seguir, vamos falar sobre os indicativos mais frequentes da doença, para que seja possível uma tentativa de identificá-los em você mesmo ou em seu parceiro. Confira!
Lesões na região genital
Esse é o sintoma mais comum de que algo está errado: a presença de feridas bolhosas ou ulceradas. Elas podem atingir não só a região íntima, como as áreas próximas — por exemplo, as coxas e a pele).
Dor e desconforto
Embora algumas pessoas não relatem incômodos, outras apresentam dor e coceira na região das lesões. Uma sensação de queimação também pode estar presente — então, fique de olho!
Dor para urinar
Infecção urinária ou herpes? Às vezes, é difícil saber! Isso porque outro sintoma desse problema é a dor ao fazer xixi, com uma ardência bem intensa que pode ser confundida com outras doenças.
Mal-estar geral
Por se tratar de uma infecção viral, é possível que algumas pessoas apresentem febre, cansaço e ínguas (inchaço) na região da virilha, como sinal de resposta do sistema imunológico.
Como o herpes genital é transmitido?
A transmissão ocorre pelo contato pele com pele. Por isso, o ato sexual é o meio de contágio nesse cenário. Mas, ao contrário do que se diz, ela pode ocorrer mesmo quando as lesões estão inativas — ainda que seja bem mais frequente quando ativas.
Outro ponto importante é que qualquer tipo de relação sexual pode fazer com que isso aconteça. Dentre as possibilidades, temos o sexo vaginal, anal e oral. Sendo assim, é importante ter cuidado com a prática.
É possível prevenir essa doença?
A principal forma de prevenção da herpes genital é com o uso de preservativos. Essa também é a melhor maneira de evitar outras infecções — que vão desde a candidíase masculina e feminina, até o HIV.
No entanto, é importante ressaltar que o preservativo não cobre todas as áreas possivelmente afetadas, como é o caso das coxas e de outras regiões da pele. Por isso, ainda é possível se contaminar — mesmo que a camisinha reduza as chances de isso acontecer.
Como se dá o diagnóstico da herpes genital?
O diagnóstico é feito, na maioria das vezes, a partir do exame físico. Nesse caso, o médico responsável pelo seu atendimento poderá identificar as lesões apenas de olhá-las.
No entanto, nem sempre elas estarão aparentes. Se isso ocorrer, testes laboratoriais (como o PCR) serão úteis para tirar qualquer dúvida sobre outras possíveis mazelas.
Vale lembrar que os exames de rotina não costumam ajudar na investigação dessa enfermidade, mas podem auxiliar na identificação de alterações em seu sistema imunológico, assim como na busca por alternativas para evitar as recorrências da doença.
A herpes genital tem cura?
Infelizmente, após a contaminação, a pessoa sempre será portadora da herpes genital. No entanto, isso não quer dizer que os sintomas estarão sempre presentes em seu dia a dia.
Acontece que o vírus entra em um período chamado de latência, quando ele está inativo ou “adormecido” — até que algum gatilho faça com que ele “acorde”. Nesses casos, há uma recorrência da infecção, na qual os sintomas voltam a aparecer.
A herpes pode ser desencadeada por fatores como o estresse, presença de outras doenças que debilitem o sistema imune e, até mesmo, o período menstrual.
Quais são os tratamentos para herpes genital?
Para fechar, é hora de vermos quais são os tratamentos disponíveis para a herpes genital! Vamos lá?
Antivirais
O uso de medicamentos antivirais é uma das estratégias mais comumente aplicadas nesse tratamento. Eles ajudam a “parar” a replicação do vírus, fazendo com que ele entre em latência mais rapidamente.
Medicamentos tópicos
As pomadas e os demais medicamentos aplicados diretamente nas lesões também são úteis para diminuir os sintomas, como a dor e a queimação.
Higienização
Manter a área afetada limpa é uma boa medida de tratamento, dificultando a entrada de outras bactérias na lesão. Para isso, é interessante evitar o uso de roupas abafadas e apertadas nos momentos de crise.
Agora que você já sabe o que é herpes genital, viu que é um problema bem chatinho, certo? Por isso, o melhor é prevenir do que remediar. Mas, caso você esteja passando por uma crise no momento, não se desespere e busque apoio de uma boa equipe de profissionais. Em breve, tudo estará bem!
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Revisão técnica: Marcelo Costa Batista, pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein e professor associado livre-docente da disciplina de nefrologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).