Pele amarelada é sinal de câncer no pâncreas? Conheça os sinais da doença

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O câncer no pâncreas é uma neoplasia maligna que surge em decorrência de um crescimento anormal de células na glândula de mesmo nome. O pâncreas está localizado no terço superior e posterior do abdômen, atrás do estômago e do intestino delgado. Ele produz enzimas responsáveis pela digestão de gorduras e hormônios de regulação da glicose no sangue (insulina e glucagon).

Embora ainda não seja possível estabelecer exatamente quais são as causas desse tipo de doença, sabe-se que alguns fatores podem levar a sua predisposição. Estima-se que, em cerca de 10 a 15% dos casos, a condição está relacionada à hereditariedade genética por histórico familiar.  Esse câncer também pode estar ligado a hábitos como tabagismo, uso abusivo de álcool e sedentarismo; ou ainda a complicação do diabetes.

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Sintomas do câncer de pâncreas

O tumor de pâncreas pode acometer o lado direito da glândula, que é conhecido como “cabeça”, ou o lado esquerdo, denominado “corpo e cauda”. Os sintomas variam a depender de qual região foi afetada.

As neoplasias da cabeça do pâncreas representam cerca de dois terços dos casos. Geralmente, esse tipo de quadro é caracterizado por uma obstrução do canal da bile. Com isso, o sintoma mais comum é a icterícia, em que o indivíduo apresenta pele e olhos amarelados, além de urina com a coloração bastante escurecida.

Por sua vez, quando o tecido contaminado encontra-se no corpo e na cauda do pâncreas, as pessoas tendem a ser assintomáticas nos estágios iniciais da doença. Com a evolução do câncer e o crescimento da massa tumoral, é possível que elas apresentem dor abdominal irradiada para o dorso, perda de apetite, emagrecimento, fraqueza e alterações no sistema digestivo (náusea, vômito e diarreia).

Diagnóstico

Normalmente, no processo de investigação para o diagnóstico, são feitas coletas de sangue e exames laboratoriais de imagem. A ideia é avaliar a função pancreática, os marcadores tumorais e o controle glicêmico. Os procedimento podem incluir:

  • Tomografia computadorizada;
  • Ressonância magnética;
  • Ultrassonografia;
  • Endoscopia;
  • Ecoendoscopia.

Em alguns casos, quando os métodos de diagnóstico apresentam resultados inconclusivos, é possível que o médico peça uma laparoscopia, uma cirurgia minimamente invasiva. O objetivo é examinar diretamente o pâncreas e outras estruturas abdominais.

Para confirmar o diagnóstico, a biópsia é frequentemente necessária. O exame envolve a coleta de uma amostra de tecido do pâncreas para análise em laboratório.

Tratamento

As opções de tratamento para o câncer de pâncreas são escolhidas com base na extensão e agressividade do tumor.  Na maior parte dos casos, envolve a realização de cirurgia para retirada do tumor, associada a quimioterapia, radioterapia ou uma combinação das duas. 

Quando as lesões são muito extensas, a ponto de comprometer o órgão, é possível fazer a sua remoção total. Nesses casos, o paciente necessitará da introdução artificial de enzimas pancreáticas e insulina no corpo pelo resto da vida.

Prevenção

A chave para a prevenção do câncer de pâncreas está na adoção de práticas de vida saudáveis. Isso inclui:

  • Manter uma rotina de exercícios físicos;
  • Evitar o tabagismo;
  • Não exagerar no consumo de álcool;
  • Ter uma dieta balanceada;
  • Realizar check-ups médicos periodicamente (especialmente se tiver histórico familiar da doença).

Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes (CRM-SP 203006/RQE 91325), médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico, especialista em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein. 

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