A pseudoefedrina pertence à classe dos medicamentos descongestionantes, que atuam de forma a estreitar os vasos sanguíneos. Ela costuma ser indicada para aliviar a sensação de entupimento do nariz – um sintoma típico de gripe, resfriado, alergia e rinite alérgica, que atrapalha a respiração. Nesse caso, a pseudoefedrina atua estreitando os vasos edemaciados das vias nasais
Como usar a pseudoefedrina
A pseudoefedrina é classificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com tarja vermelha. Isso significa que ela só pode ser comprada nas farmácias brasileiras mediante a apresentação de uma receita médica. A obrigatoriedade serve para que as autoridades de saúde tenham um maior controle sobre substâncias cujos efeitos colaterais podem ter risco intermediário.
O produto está disponível nos formatos de comprimido comum ou liberação prolongada (que pode ser de 12 ou 24 horas), e solução líquida para administração oral. Cada quadro de saúde pode exigir uma abordagem diferente, por isso, o tratamento deve ser definido em acordo com o profissional responsável pela avaliação clínica do caso.
É indicado seguir à risca as instruções dadas pelo médico, e o medicamento não deve ser usado por longos períodos. Além disso, recomenda-se também fazer a leitura completa da bula presente na caixinha do produto.
Efeitos colaterais
No geral, os efeitos colaterais desse remédio incluem:
- Náusea;
- Tontura;
- Dor de cabeça;
- Dor no estômago;
- Boca seca;
- Dificuldade para dormir.
Mais raramente, ainda é possível que a pessoa apresente sintomas como:
- Sensação de nervosismo ou inquietação;
- Dificuldade para respirar;
- Batimentos cardíacos rápidos, fortes ou irregulares;
- Febre alta repentina;
- Pele avermelhada;
- Surgimento de pústulas (pequenas bolhas com líquido ou pus).
Se isso ocorrer, deve-se interromper o tratamento com a substância imediatamente e buscar ajuda médica o quanto antes. Em caso de emergência, acione o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo número 192.
Contraindicações
A pseudoefedrina é contraindicada a pessoas alérgicas a esse princípio ativo, bem como a qualquer um de seus componentes. Ela também não deve ser utilizada por quem faz tratamento para depressão com inibidores MAO (furazolidona, isocarboxazida, fenelzina, rasagilina ou tranilcipromina), que podem levar a uma interação medicamentosa e aumentar os riscos de efeitos colaterais graves.
O tratamento também pode não ser seguro para indivíduos com história clínica de hipertensão, doença cardíaca, diabetes, hipertireoidismo, glaucoma, próstata aumentada e problemas de fígado ou rins. Por isso, avise o médico da sua condição antes de iniciar os cuidados com o produto.
Pode ser usado na gravidez?
Este remédio não deve ser utilizado na gestação, pois ele pode reduzir o fluxo sanguíneo para a placenta e o bebê, aumentando o risco de malformações e defeitos congênitos. O mesmo vale para lactantes, já que a substância passa para o leite materno.
Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes (CRM-SP 203006/RQE 91325), médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico, especialista em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.