A palavra psicose é usada para descrever condições que afetam a mente e provocam a perda de contato com a realidade. Quando alguém fica doente dessa maneira, está passando por um episódio psicótico ou surto psicótico.
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Durante um período de psicose, os pensamentos e as percepções são perturbadores e a pessoa tem dificuldade para entender o que é real e o que não é. No entanto, a psicose não é uma doença em si, mas um sintoma de uma patologia a ser identificada.
Como é um surto psicótico?
Durante um surto ou episódio psicótico, a pessoa pode ter delírios e alucinações; falar de forma incoerente ou sem sentido e se comportar de maneira inadequada para a situação. Esse quadro pode durar poucas horas ou se estender por vários dias.
O paciente também pode experimentar depressão, ansiedade, problemas de sono, retraimento social, falta de motivação e dificuldade de funcionamento em geral.
Delírios
Podem ser descritos como falsas crenças fixas a respeito da realidade, alterações do pensamento que colocam o indivíduo diante de uma percepção sem sentido dos acontecimentos à sua volta. Exemplos comuns de delírios são a convicção de que outras pessoas o perseguem ou a ideia fixa de que tem uma missão grandiosa.
Alucinações
É quando a pessoa ouve, vê ou sente coisas que outros não percebem. Pode ser ouvir vozes sussurrando, conversando entre si ou julgando a pessoa que as ouve. As alucinações auditivas são as mais comuns na psicose.
O que causa psicose?
Não há uma causa específica de psicose. Ela pode ser um sintoma de uma doença mental, como esquizofrenia. Mas uma pessoa pode ter um episódio de psicose e nunca ser diagnosticada com esquizofrenia ou outro transtorno mental.
Existem outras condições que podem provocar surto psicótico, como privação extrema de sono, algumas condições médicas, certos medicamentos prescritos e o uso de álcool ou drogas.
Como é o tratamento?
Com medicamentos e psicoterapia, sendo a mais usada a linha cognitiva-comportamental. Durante o surto psicótico, é fundamental buscar atendimento médico especializado.
As três fases da psicose
Clinicamente, a psicose é avaliada em três fases, e cada uma delas demanda intervenções específicas:
- Fase prodrômica: caracterizada por sinais e sintomas que antecedem as manifestações típicas do quadro psicótico agudo; são as primeiras alterações do comportamento. Podem ocorrer de forma gradual e sutil. As alterações mais comuns nessa fase são perda de concentração, humor depressivo, alterações do sono, ansiedade, isolamento social, desconfiança.
- Episódio psicótico agudo: na fase aguda surgem os sintomas mais graves e que são perturbadores para quem está próximo do doente, como delírios, alucinações e desorganização da fala com ou sem transtornos de humor ou personalidade.
- Recuperação: a fase de recuperação ocorre após os primeiros meses do tratamento e pode se estender por um período de cinco anos após o diagnóstico. É quando são definidos os parâmetros de tratamento.
Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, Médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico e preceptor da Residência Médica de Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.