A maltodextrina é um carboidrato complexo derivado da quebra do amido, geralmente de milho. É um pó branco, solúvel em água e de sabor adocicado, muito usado como suplemento energético devido a sua rápida digestão e absorção pelo organismo.
Também pode ser diluída em outras bebidas, como água de coco ou sucos. Sua dose deve ser ajustada individualmente em função das necessidades e da rotina da pessoa.
Para que serve?
A maltodextrina atua fornecendo energia rápida. Por isso costuma ser consumida antes e durante atividades físicas intensas e prolongadas, ou após o exercício para ajudar na reposição de glicogênio muscular.
O glicogênio é uma forma de glicose que nosso corpo estoca como fonte de energia, principalmente no fígado e nos músculos. Quanto mais exercícios intensos uma pessoa pratica, mais rapidamente o glicogênio nos músculos é consumido.
Ao repor esse “estoque” — seja por meio da alimentação, consumindo fontes de carboidrato, seja com suplementos —, há uma melhora do desempenho físico e aceleração da recuperação muscular.
Na indústria alimentícia, a maltodextrina é usada em formulações de molhos para saladas, bebidas, produtos lácteos, confeitaria, sorvetes, entre outros.
Quem deve usar?
Seu consumo é indicado para atletas de resistência — como corredores, ciclistas e nadadores — ou quem pratica treinos de alta intensidade e longa duração, pois pode ajudar a manter ou aumentar os níveis de energia durante o exercício.
A maltodextrina também pode ser útil como um hipercalórico para quem tem dificuldade em ingerir a quantidade de calorias necessárias por meio da alimentação, como alguns idosos. Nesses casos, existem suplementos que são formulações contendo a maltodextrina e outros nutrientes, como complexo de vitaminas e minerais, fibras e proteínas.
Contraindicações
Pessoas com diabetes ou resistência à insulina devem usar o suplemento com cautela, pois ele pode causar picos de glicemia no sangue.
Pode ser contraindicado a pacientes alérgicos ao milho ou outros ingredientes do processo de fabricação.
É importante ressaltar também que seu uso em excesso pode causar desconfortos gastrointestinais, sem trazer mais benefícios no desempenho esportivo.
E atenção: sempre consulte um profissional de saúde, nutricionista ou médico antes de iniciar qualquer suplementação, especialmente para quem tem condições médicas preexistentes.
Revisão técnica: Gabriela Mieko, nutricionista esportiva do Espaço Einstein de Reabilitação e Esporte do Hospital Israelita Albert Einstein.
João Roberto Resende Fernandes (CRM-SP 203006/RQE 91325), médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico, especialista em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.