Sarna: entenda como prevenir o contágio

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A sarna é uma forma de infecção. Portanto, como medidas preventivas, é importante manter bons hábitos de higiene, como lavar as mãos regularmente.

O que causa sarna?

A sarna é causada pelo Sarcoptes scabiei, um ácaro parasita que vive e se reproduz na pele. Altamente contagiosa, a sarna pode afetar tanto adultos quanto crianças. O ácaro escava “túneis” sob a pele, onde a fêmea deposita seus ovos.

“No entanto, para que ocorra a transmissão, é necessário haver contato interpessoal próximo, como dar as mãos e abraçar”, explica o dermatologista Alberto Cardoso, do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Existe um tipo de sarna conhecido como sarna crostosa ou norueguesa, que é mais comum em pessoas imunodeprimidas. Nesse caso, ocorre uma hiperinfestação com milhões de parasitas, facilitando a disseminação desses ácaros.

Como prevenir a infecção?

O contágio por objetos compartilhados pode ocorrer, mas não é tão comum porque o ácaro não sobrevive por muito tempo fora de um hospedeiro. Por isso, para prevenir a infecção, deve-se evitar o contato íntimo com pessoas contaminadas, manter bons hábitos de higiene, como lavar sempre as mãos com água e sabão e usar álcool gel, além de não compartilhar roupas e toalhas.

“É mais difícil se contaminar ao sentar em um banco, por exemplo, porque o parasita não atravessa a roupa”, diz o especialista.

O diagnóstico é clínico, a partir da observação de lesões típicas. O principal sintoma é uma coceira intensa, principalmente à noite. A infecção deixa uma espécie de rastro na pele e pápulas – bolinhas bem características. O tratamento é feito com loções tópicas, mas pode incluir medicamentos via oral.

Normalmente, o tratamento deve ser repetido depois de uma semana para eliminar os ovos que possam ter permanecido. Embora dificilmente cause complicações, se a infecção se tornar muito intensa ou crônica, os machucados causados pelo ato de coçar podem abrir caminho para infecções bacterianas secundárias.

Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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