Conjuntivite é uma inflamação dos olhos causada por vírus ou bactérias. Também pode ter origem em uma reação alérgica ou em uma irritação provocada por um agente externo, como um produto químico. Não é uma patologia grave, mas é incômoda.
- Hipermetropia: formato do olho dificulta ver o que está perto
- Lagoftalmo: incapacidade de fechar completamente os olhos compromete a visão
A conjuntivite viral é muito transmissível, por isso deve ser tratada para não se transformar em surto ou epidemia. A contaminação ocorre com maior facilidade em ambientes coletivos como escolas, creches, fábricas, transportes públicos, entre outros.
É mais comum durante os meses quentes. Começa em um olho e normalmente passa para o outro. A higiene é um fator muito importante no tratamento e na prevenção da conjuntivite.
A conjuntiva é uma fina membrana transparente que reveste o globo ocular e a parte interna da pálpebra. A inflamação dessa membrana é o que chamamos de conjuntivite. Atenção! Se estiver com conjuntivite, não frequente locais com muita gente e evite piscinas.
O que causa a conjuntivite?
A conjuntivite pode ter três causas:
- Infecciosa: tem origem na infecção por vírus, bactérias ou fungos. É contagiosa;
- Alérgica: quando é provocada por fatores alergênicos que a pessoa tenha, e por isso não é contagiosa;
- Desencadeada por fatores externos: é uma reação a elementos tóxicos como substâncias químicas, cloro, fumaça, entre outros; não é contagiosa.
Epidemia de conjuntivite
Às vezes ocorrem epidemias de conjuntivite, especialmente em pequenas comunidades, como escolas e clubes. É a conjuntivite infecciosa que causa epidemias, por ser contagiosa. Os vírus que causam conjuntivite estão constantemente se modificando, por isso a repetição das epidemias.
Já a conjuntivite ocasionada por bactérias está relacionada à imunidade da pessoa contaminada. A transmissão ocorre normalmente via secreções, devido ao compartilhamento de objetos pessoais. Exige contato próximo com o infectado para que aconteça, por isso é menos comum que haja epidemias de conjuntivite bacteriana.
As cidades brasileiras têm registrado epidemias de conjuntivite nos meses de verão, como aconteceu em São Paulo no ano de 2018.
Sintomas de conjuntivite
Os sintomas de conjuntivite são fáceis de reconhecer:
- Olhos avermelhados;
- Lacrimejamento;
- Sensação de areia nos olhos;
- Pálpebras inchadas e avermelhadas;
- Secreção nos cantos dos olhos ou nas bordas das pálpebras;
- Sensibilidade à luz;
- Pálpebras grudadas ao despertar.
Quanto tempo demora para a conjuntivite sarar?
As duas formas mais comuns da doença têm durações diferentes. A conjuntivite viral leva aproximadamente 15 dias para desaparecer. A conjuntivite bacteriana, de três a cinco dias, com tratamento adequado.
A conjuntivite pode deixar sequelas?
Sim, mas não é comum. Na maioria dos casos, ela vai embora sem causar problemas sérios. Mas, se a infecção persistir, a córnea pode ficar ulcerada (com um “buraquinho”).
O que se pode fazer para curar a conjuntivite?
Não há remédio oral nem colírio que antecipem o fim da conjuntivite. O que se pode fazer é aliviar os sintomas com compressa fria, repousar com os olhos fechados e evitar coçar a região.
Recomenda-se lavar os olhos com água fervida e gelada várias vezes por dia. Isso pode ser feito usando um pedaço de algodão ou uma compressa molhada na água. A pessoa que está com conjuntivite deve lavar sempre as mãos e não coçar os olhos, o que só piora a irritação. As fronhas devem ser trocadas diariamente.
Normalmente a infecção retrocede no prazo de três dias. Se isso não acontecer, é recomendável procurar um serviço de saúde. Se julgar necessário, o médico receitará pomadas e colírios ou um antibiótico em caso de conjuntivite causada por bactérias.
Como evitar a conjuntivite?
A higiene é a melhor forma de evitar a conjuntivite, especialmente lavar as mãos várias vezes ao dia e não compartilhar toalhas. Deve ser evitada exposição a agentes irritantes, como fumaça. Materiais de uso pessoal, como maquiagem e toalhas, não devem ser compartilhados.
Outras causas
Há conjuntivites graves ligadas a herpes zoster (ceratoconjuntivite), herpes simples, gonorreia, meningite, com diferentes implicações e características.
Revisão técnica: Sabrina Bernardez Pereira, Especialista em Cardiologia pela SBC/AM; médica Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein; mestrado e doutorado em Ciências Cardiovasculares na Universidade Federal Fluminense.