Tricomoníase: tratamento do casal deve ser simultâneo

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Tricomoníase faz parte do grupo das infecções sexualmente transmissíveis (IST) e é causada por um protozoário, o Trichomonas vaginalis. A doença geralmente aparece de cinco a 28 dias depois do contato com o agente infeccioso (esse é o período de incubação do Trichomonas vaginalis).  

O problema deve ser tratado tão logo seja detectado, pois, além de provocar dor e muito desconforto — principalmente nas mulheres –, facilita a ocorrência de outras IST como gonorreia e clamídia. Além disso, em gestantes a tricomoníase pode levar ao parto prematuro.  

Sexo sem proteção 

A sua prevalência é maior entre pessoas com outras doenças venéreas e que têm muitos parceiros sexuais. Nas mulheres, a infecção atinge o canal vaginal e o colo do útero, com a presença de lesões, em alguns casos; nos homens, a contaminação pode atingir a uretra, o epidídimo e até a próstata.  

Sinais de infecção por Trichomonas vaginalis

Nos homens, a tricomoníase costuma ser assintomática; quando ocorrem sintomas, os mais comuns são a presença de secreção com textura de espuma e desconforto durante a micção (o ato de expelir urina).  Por outro lado, os sinais de infecção por Trichomonas vaginalis são evidentes nas mulheres. Alguns deles:  

  • Presença de corrimento amarelado, amarelo-esverdeado ou mesmo acinzentado com odor extremamente desagradável, que lembra cheiro de peixe. Em algumas mulheres, essa secreção é discreta;  
  • Irritação e assaduras na região genital. Em casos mais graves, pode haver também inchaço ao redor da abertura vaginal;  
  • Dor abdominal;  
  • Dor durante a relação sexual;  
  • Dor ao urinar.  

Diagnóstico e tratamento 

Exames laboratoriais da secreção (da mulher e do homem) confirmam a presença do Trichomonas vaginalis.  O tratamento baseia-se no uso de antibiótico (metronidazol ou tinidazol) em dose única e por via oral. Cerca de 95% das mulheres ficam curadas, mas os parceiros devem ser tratados simultaneamente, mesmo que não tenham sintomas ou sinais de infecção.  

Pessoas em tratamento com metronidazol não devem beber, pois a combinação dessa substância com o álcool pode causar enjoos e eritema cutâneo (a pele fica irritada e vermelha). O médico também recomenda abstenção de relações sexuais até que a doença seja eliminada.   


Revisão Técnica : Luiz Antônio Vasconcelos , Especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. 

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