O que são os tumores benignos?
Os tumores benignos têm características diferentes de um câncer. As chamadas neoplasias benignas crescem de maneira lenta, expansiva e não invadem os tecidos vizinhos. Com exceção das situações em que o tumor pressiona uma estrutura, um órgão, ou causa sintomas incômodos, ele não oferece gravidade.
Exemplos comuns de tumores benignos, que muitas pessoas conhecem, são o lipoma (que se origina no tecido gorduroso da pele, cabeça, pescoço, tronco, membros etc.), o mioma (que tem origem no tecido muscular liso do útero) e o adenoma (que nasce nas glândulas em geral).
O hemangioma é outro tipo de neoplasia benigna, mas que cresce a partir de vasos sanguíneos e pode se formar em órgãos internos, como fígado, cólon ou cérebro. Em bebês, costuma surgir no rosto, sem causa definida, e em geral regride com o tempo e sem complicações.
As causas dos tumores benignos têm sido atribuídas, na maioria das vezes, a questões genéticas, radiação ou exposição a certos agentes químicos.
Quais são os sintomas de uma neoplasia benigna?
Os sintomas variam de acordo com a região em que se localiza o tumor. Se for um mioma no útero, o sinal principal é o sangramento. Se o tumor estiver perto do estômago ou intestino, a pessoa pode perder o apetite. No geral, os tumores benignos podem provocar dor ou desconforto em qualquer região do corpo. Se ocorrer no cérebro, ainda que benigno, ele pode se manifestar por convulsões.
Dependendo do tamanho, os tumores benignos podem comprimir os órgãos e os tecidos vizinhos. Se estiverem em uma região cerebral, podem trazer risco de morte ao paciente. A depender de sua localização, o tumor benigno pode levar ao risco de morte, como é o caso de algumas regiões do cérebro ou do coração, ou mesmo quando está comprimindo as vias aéreas do paciente.
Como é feito o diagnóstico de um tumor benigno?
Para determinar se o tumor é benigno ou maligno, o especialista pode solicitar desde exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética até uma biópsia..
O tratamento de uma neoplasia não maligna
Em muitos casos, o tumor benigno poderá apenas ser acompanhado pelo médico do paciente, que observará evolutivamente se há aumento de suas dimensões e a relação com órgão adjacentes.
A cirurgia para remoção pode ser indicada em alguns casos. Os tumores benignos, uma vez retirados, em geral não voltam a surgir no local, o que é diferente do tumor maligno.
Diferenças entre células benignas e células malignas
Há muitas diferenças entre o tumor benigno e o maligno. Vejamos algumas delas:
- No caso do câncer, as células invadem tecidos e órgãos, o que não ocorre na neoplasia benigna;
- O tumor benigno tem bordas distintas, lisas e regulares. Já um tumor maligno apresenta bordas irregulares e cresce de forma mais rápida e agressiva;
- O tumor maligno pode se espalhar para outras partes do corpo, enquanto o benigno não invadirá tecidos próximos nem se espalhará para outras partes do corpo.
Há risco de um tumor benigno virar maligno?
Apesar de a maioria das neoplasias benignas não oferecer riscos ou gravidade, alguns tumores benignos podem se tornar cancerígenos. Tumor de cólon ou de pele são alguns exemplos e por isso devem ser monitorados regularmente com a equipe médica.
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Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.