Depois de uma temporada incertezas seguida da esperança pela imunização contra o novo coronavírus, os brasileiros puderam se vacinar a partir de 2021. Porém, nem todas as pessoas seguiram tomando as doses necessárias para que se mantenham protegidas dos sintomas mais graves da doença. O ciclo vacinal completo para Covid-19 é crucial para erradicação da doença no país e no mundo.
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Por falta de informação ou receio de sofrer reações adversas, muitas pessoas não voltam para tomar as demais doses necessárias. Além de o indivíduo se colocar em risco, já que não está com a proteção ideal, isso também contribui para que o vírus continue circulando.
Quer saber mais sobre o assunto? Confira, a seguir, a razões pelas quais é tão importante estar com o seu ciclo vacinal completo contra a Covid-19. Confira!
Qual é o impacto da vacinação para reduzir casos de doenças?
Ao entrar em contato com um organismo que não está imunizado, um vírus ou bactéria pode ganhar força e gerar impactos graves. Diante disso, a imunização é considerada uma das principais armas para prevenir a alta taxa de transmissão e/ou os quadros mais perigosos de doenças.
As vacinas foram descobertas há cerca de 200 anos. Na época, os cientistas identificaram que o corpo humano é capaz de criar anticorpos quando recebe pequenas amostras de patógenos — organismos que causam doenças em hospedeiros que estão em estado inofensivo, como bactérias, vírus e fungos.
Ao longo do tempo, as vacinas evoluíram a passos largos, contribuindo para erradicar uma série de patologias que atingiam as pessoas em massa, como é o caso da varíola. A primeira vacina criada no mundo foi, justamente, para combater essa enfermidade, que hoje é considerada erradicada, visto que o último caso no mundo foi registrado em 1977.
Outra doença grave que está em fase de erradicação, graças à imunização, é a poliomielite, ou seja, a paralisia infantil. Ela é causada por um vírus que pode provocar paralisia. Desde que a vacina contra a poliomielite se popularizou, a doença passou a ser controlada, tendo o seu último caso no Brasil em 1989, na Paraíba.
Porém, em 2021, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) fez um alerta para o alto risco de reaparecimento da enfermidade no Suriname, Guatemala, Bolívia, Brasil, Paraguai, Haiti, Equador e Venezuela, em decorrência da queda da vacinação entre o público infantil. Para que não haja ameaça de novas ondas de contaminação, é necessário que as crianças continuem sendo imunizadas contra a doença.
Qual a importância do ciclo vacinal completo contra a Covid-19?
A ampla vacinação mundial é a forma mais eficiente de parar os altos índices de contaminação e morte causados pelo novo coronavírus. Inicialmente, a vacina contra a Covid-19 foi disponibilizada no esquema de uma ou duas doses.
Porém, com o surgimento de novas variantes e a queda natural dos anticorpos induzidos pelas vacinas, houve a necessidade de novas aplicações, já que algumas ramificações do vírus podem desencadear novas ondas de infecção, mesmo em quem já está imunizado. Isso porque acabam escapando da ação das vacinas utilizadas atualmente.
Um exemplo disso é a variante Delta do coronavírus, que foi descoberta na Índia e se mostrou mais resistente às vacinas existentes. Ela se espalhou rapidamente pelo mundo, levando muitas pessoas ao estado mais grave da doença. Nesse caso, quanto mais indivíduos vacinados, menores tendem a ser as chances de novas variantes continuarem surgindo, e mais próximo se torna o controle da Covid-19.
Queda da eficácia
É preciso dizer que é normal, com o passar do tempo, que a eficácia da vacina seja reduzida. Um estudo da Universidade do Chile, feito com 64 mil pessoas vacinadas no país, aponta que os anticorpos adquiridos pela vacina CoronaVac cai, aproximadamente, 40% depois de 20 semanas de sua aplicação. Daí a importância de tomar a terceira e as próximas doses de vacina oferecidas à população para manter a proteção do seu organismo ativa.
Em idosos, o ciclo vacinal completo contra a Covid-19 é ainda mais importante. Isso se deve a dois fatores. Um deles é a capacidade que o coronavírus tem de enganar e atacar o organismo humano, conforme sofre novas mutações. O outro é o fato de o sistema imunológico das pessoas idosas manter uma proteção alta por um período de tempo inferior, comparado ao público jovem.
Redução dos sintomas graves e casos de morte
Outro ponto de extrema relevância sobre a necessidade de tomar todas as doses da vacina é a redução dos sintomas graves e dos casos de morte em decorrência da Covid-19. De acordo com dados divulgados pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS, em novembro de 2021, a taxa mortalidade entre pessoas internadas com a doença era de 16,3% — considerada a menor, desde o início da pandemia, no país.
A taxa mais alta de mortalidade foi registrada durante o mês de março de 2021, atingindo 26% dos pacientes internados. Com o início e o crescimento da imunização entre idosos, pessoas com comorbidade e, depois, entre toda a população brasileira, essa taxa foi reduzida em 57,3%, em novembro do mesmo ano.
Como a vacina contra a Covid-19 age no nosso organismo?
O principal objetivo de uma vacina é fazer com que o organismo humano adquira uma espécie de ‘’memória imunológica’’. Isso acontece por meio da introdução do agente patogênico (coronavírus) enfraquecido ou no modo inativado, a fim de estimular o corpo a gerar uma resposta imune.
Dessa forma, quando um indivíduo é contaminado e o seu sistema imunológico é atacado pelo coronavírus, logo o seu organismo dá início a uma reação em cadeia para parar a ação do microrganismo. Ao sermos vacinados, o nosso corpo passa a produzir anticorpos e, se houver uma infecção, vai reagir rapidamente no combate ao agente indesejado.
Como exemplo disso, podemos citar a vacina CoronaVac, que foi desenvolvida com base no próprio coronavírus inativado. Isso significa que o vírus não tem a capacidade de se multiplicar, apenas de estimular o sistema imunológico a se defender contra o agente infectante.
Na prática, as células que começam e emitir respostas contra o vírus o localizam e o capturam. Em seguida, ativam os linfócitos — células que cumprem a função de neutralizar os microrganismos —, que cria anticorpos para se ligar ao vírus, evitando que evolua e infecte outras células.
Junto aos cuidados de prevenção, como usar máscara, lavar as mãos ou higienizá-las com álcool em gel, que devemos manter até que a doença seja, de fato, erradicada, a imunização é uma das principais armas na luta contra o novo coronavírus. Estar com o ciclo vacinal completo contra a Covid-19 é indispensável para reduzir e contaminação e impedir a ocorrência de casos graves da doença, o que diminui, também, as taxas de mortalidade em todo o mundo.
Por fim, é importante dizer que as vacinas foram desenvolvidas por instituições altamente competentes e devidamente testadas. Portanto, são seguras e eficientes.
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