Muito se fala sobre o câncer de próstata e o de mama, além de outros tipos de neoplasias — nome dado a essas formações — que afetam a população. No entanto, devemos ficar atentos ao câncer de pele, que também é muito prevalente.
Sendo assim, é fundamental que você possa identificar as lesões de câncer de pele e, assim, buscar ajuda sempre que julgar necessário. Quando identificado precocemente, esse tipo de problema costuma ter ótimas chances de resolução. Então, fique de olho!
Para ajudar você nessa tarefa, preparamos um conteúdo que vai trazer detalhes sobre essa doença e ensiná-lo a identificar possíveis lesões cancerosas. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
O que são lesões de câncer de pele?
Lembra que falamos que o câncer de pele é muito prevalente na população? Então, é preciso mostrar o quanto isso é verdade. Esse tipo de neoplasia é a variedade mais comum no Brasil e também no resto do mundo.
Essas lesões são um dos sintomas do câncer de pele. Na verdade, de modo geral, elas representam a única manifestação desse tipo de câncer, que inicialmente é silencioso e não costuma trazer sinais sistêmicos, ou seja, que afetam outras áreas do corpo.
Isso só acontece quando há a ocorrência de metástases, nome dado à “migração” das células cancerosas para outras regiões do organismo. No entanto, uma identificação precoce das lesões pode evitar esse problema na grande maioria dos casos.
Quais são as possíveis lesões de câncer de pele?
De modo geral, as lesões do câncer de pele podem se manifestar como feridas, pintas, verrugas ou manchas. Mesmo sinais “inofensivos” podem, na verdade, serem um sintoma do problema.
Como são as lesões?
Não há uma regra. As lesões do carcinoma basocelular, por exemplo, costumam ser do tipo avermelhada e que sangra com facilidade. No espinocelular, há uma certa descamação. Já nos melanomas, temos pintas que mudam de aparência com o passar do tempo, apresentando mudança na cor ou formato.
Para ajudá-lo a identificar possíveis lesões de câncer de pele, verifique os pontos a seguir:
- assimetria, quando a mancha ou pinta tem diferenças entre os seus lados;
- bordas, quando a lesão tem bordas irregulares (ou seja, não é redondinha);
- tonalidade, quando as pintas apresentam diferenças de cor em sua estrutura.
Outro ponto de alerta é a presença de feridas que sangram (ulcerosas) e não cicatrizam com o passar do tempo. Por fim, não deixe de observar a evolução de qualquer nova formação em sua pele. Se ela cresce rapidamente, merece atenção.
Quais são os principais tipos de câncer de pele?
Assim como acontece em outros tipos de neoplasia, o câncer de pele pode ser dividido em categorias ou, mais especificamente, tipos. Confira quais são eles!
Carcinoma basocelular
É o tipo de câncer de pele mais comum. Costuma atingir camadas mais profundas da pele mas, apesar disso, não está associado a uma alta mortalidade ou taxa de metástase. Aparece, na maioria das vezes, em regiões que são muito expostas ao sol, como o rosto, o couro cabeludo, as costas e os ombros.
Carcinoma espinocelular
É o segundo tipo mais frequente. Também atinge áreas mais expostas ao sol, além de causar sintomas como enrugamento ou perda de elasticidade nas regiões afetadas. Aqui, também pode haver lesões em formato de “verrugas”, o que mostra a importância de que cada novidade no corpo seja devidamente avaliada.
Melanoma
É o tipo de câncer de pele menos comum e, também, o que apresenta uma maior taxa de mortalidade. No entanto, quando diagnosticado precocemente, apresenta altas taxas de cura. Um dos seus problemas é a sua possibilidade de surgir em locais menos visíveis. Por isso, fique de olho em seu corpo!
Como fazer a prevenção contra esse problema?
Agora, é hora de falar de prevenção! No caso do câncer de pele, o melhor meio de evitá-lo é se proteger do sol. Faça uso de filtro solar diariamente e, sempre que necessário, proteja a sua pele com chapéus, roupas e outros adereços.
Lembrando que os cuidados não devem ser restritos ao verão, tudo bem? Também é muito importante que você mantenha a prevenção em outros períodos do ano, mesmo que o sol não esteja assim tão forte.
Encontrei uma lesão. E agora?
O primeiro passo é não se desesperar. Uma lesão pode ser muitas coisas e, mesmo que tenha uma aparência suspeita, pode não significar nada. Além disso, mesmo que estejamos falando de um câncer, há tratamento e formas de lidar com essa questão. E depois? Saiba mais a seguir!
Agende uma consulta
Depois, é hora de agendar uma consulta com um especialista! No entanto, caso você não queira esperar, não tem problema dar uma passadinha em um pronto-atendimento. Muitas vezes, o médico que fizer o atendimento poderá encaminhar você para o profissional indicado para lidar com essas questões: o dermatologista.
Faça a coleta do material
O dermatologista, por sua vez, realizará a coleta de material para avaliar se a sua lesão é ou não um câncer. Isso é chamado de biópsia e pode ser realizado com uma leve anestesia local, que ajudará você a não sentir nada durante o procedimento.
Analise o material coletado
O material coletado será enviado para o laboratório e, lá, eles vão determinar quais são os tipos de célula observados na amostra. Caso o resultado seja positivo, você será encaminhado para um oncologista ou, ainda, poderá fazer um check-up diretamente com o dermatologista. Tudo dependerá do seu caso.
Faça os exames recomendados
Em grande maioria dos casos, a remoção da lesão já representa a cura para o câncer. Mas claro que é preciso buscar se há focos de células malignas em outras regiões do seu corpo. Por isso, os exames são essenciais.
Mantenha o foco no tratamento
E lembrando: mesmo os casos considerados curados (ou em remissão) devem ser avaliados com frequência. Sendo assim, as consultas vão se tornar parte da sua rotina, a fim de avaliar se está tudo bem com o seu organismo e garantir que não há qualquer recidiva da doença. Caso haja, um tratamento poderá ser instaurado rapidamente.
Agora que você já sabe como lidar com as lesões de câncer de pele, é hora de ficar atento a qualquer alteração que aparecer neste órgão, tudo bem? Aproveite para, também, avisar sobre esses detalhes para sua família e amigos, para que eles possam ficar de olho em áreas que nem sempre você consegue enxergar. E faça o mesmo por eles, é claro!
Aproveite para conhecer outras formas de cuidados com a pele. Nunca se esqueça de que esse é o maior órgão do nosso corpo e que, é claro, precisa de um carinho e atenção especiais.
Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).