O diagnóstico de qualquer tipo de câncer é sempre uma notícia devastadora. Afinal, estamos lidando com uma doença grave, o que acaba desnorteando os pacientes acometidos por ela e os seus familiares.
Um bom exemplo disso é o câncer de esôfago, que atinge uma das estruturas mais importantes do corpo. No entanto, se você ou seu ente querido foi diagnosticado com esse problema de saúde, mantenha a calma. Há muitas opções de tratamento e muito o que fazer!
Pensando nisso, preparamos um conteúdo para tratar desse assunto. Ao longo da nossa conversa, você vai descobrir quais são as melhores estratégias para lidar com o câncer de esôfago, além de conhecer informações importantes sobre o tema. Boa leitura!
O que é câncer de esôfago?
Câncer é o nome dado a doenças causadas, normalmente, pela formação de tumores em determinadas regiões do nosso organismo. A sua origem é, muitas vezes, desconhecida. No entanto, é gerada pela presença de mutações em nosso DNA.
Essas mutações acontecem de forma aleatória e podem ser iniciadas por conta de diversos processos. Assim, a célula sofre mitoses — caracterizadas pela divisão celular — e se multiplica, gerando os tumores.
No caso do câncer de esôfago, a região afetada é um tubo responsável pela conexão entre a garganta e o estômago. O esôfago é, portanto, responsável pela passagem da comida que ingerimos, até a sua chegada ao sistema gastrointestinal.
Quais são os tipos mais comuns?
O câncer de esôfago não é um problema muito comum, representando apenas 2% dos cânceres. Ainda, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é muito mais prevalente entre pessoas que têm mais de 50 anos de idade, sendo rara antes dos 30 anos.
Há dois tipos de câncer de esôfago. O mais comum é chamado de carcinoma epidermoide escamoso, que representa mais de 95% dos casos dessa doença. A outra forma do câncer é o adenocarcinoma, muito frequente também em casos de câncer de próstata e de câncer colorretal.
Cada tipo de tumor tem os seus tratamentos, que podem variar de acordo com a natureza do câncer. Por isso, é importante que você tire as suas dúvidas com o médico que acompanha o seu caso para poder, assim, ter um tratamento personalizado para as suas necessidades.
Quais são os fatores de risco?
Ainda não há uma causa 100% definida para o surgimento da doença. Assim como outros tipos de câncer, a neoplasia de esôfago é provocada por mutações na região afetada, que fazem com que o tumor surja.
No entanto, há fatores de risco que podem contribuir para que alguém tenha mais chances de desenvolver esse problema de saúde. Um dos principais é a idade avançada: pessoas com mais de 50 a 55 anos têm chances maiores de desenvolvê-lo do que os mais jovens.
No entanto, isso não é tudo. Outras possíveis razões para o surgimento dessa doença são:
- fumar;
- beber em excesso;
- ter lesões não tratadas ou crônicas na região do esôfago;
- comer alimentos muito quentes por muito tempo;
- expor-se a compostos químicos que possam causar alterações na área afetada;
- ter sido exposto ao vírus HPV;
- ser obeso.
É claro que isso não quer dizer que todas as pessoas que se enquadram nesses grupos vão ter o câncer de esôfago — muito pelo contrário, já que essa é uma doença incomum. Mas vale a pena se cuidar um pouco mais e evitar alguns hábitos nocivos, como o tabagismo e a ingestão regular de bebidas alcoólicas.
Quais são os principais sintomas da doença?
O sintoma mais frequente dessa doença é a dificuldade para comer e engolir. No entanto, muitas vezes, esse sinal só aparece quando a enfermidade está em curso há algum tempo.
Outros sinais que podem estar presentes são:
- emagrecimento;
- indigestão;
- azia;
- vômitos e náusea;
- perda de apetite;
- tosse persistente;
- dor ou desconforto na região da garganta, do tórax ou do abdômen;
- dificuldade para respirar;
- rouquidão;
- cansaço;
- mal-estar.
Como podemos ver, muitos dos sinais são bem inespecíficos e podem corresponder a vários problemas. Por isso, é essencial buscar apoio de um médico para que o diagnóstico seja fechado.
Como o diagnóstico é feito?
O primeiro passo para que o diagnóstico seja feito é que o paciente busque um atendimento de saúde para averiguar as suas queixas. A partir disso — e com o auxílio de exames de imagem —, será possível identificar o tumor no esôfago e continuar a investigação sobre as suas causas.
O médico pode pedir uma biópsia, que consiste na remoção de fragmentos do tumor que serão, posteriormente, enviados para análise laboratorial. Isso vai ajudar a definir se estamos lidando com um tumor benigno ou maligno, além de trazer informações cruciais sobre o tipo de câncer.
Exames complementares também podem ser solicitados, como é o caso de hemogramas e, até mesmo, testes de imagem mais complexos, como é o caso da ressonância magnética. O objetivo dela, por sinal, é verificar se há focos de câncer em outros órgãos.
Quais são os tratamentos mais comuns?
Infelizmente, o câncer de esôfago é considerado um problema agressivo, com alta taxa de metástases — ou seja, grande chance de que se espalhe para órgãos vizinhos, em especial, graças à presença de vários linfonodos e vasos linfáticos na região. No entanto, há opções de tratamento para a doença.
Em boa parte dos casos, consiste na realização de uma cirurgia para a remoção do tumor. Ela pode ser acompanhada de radioterapia ou quimioterapia, sendo que esses tratamentos também podem ser utilizados isoladamente.
Como podemos ver, o câncer de esôfago é uma doença grave, mas que tem tratamento. É importante contar sempre com uma equipe multidisciplinar competente e atualizada, que poderá guiar o seu protocolo da melhor maneira possível.
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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).