Afinal, como parar de fumar? Saiba mais neste post!

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Um cigarrinho ao acordar, outro após o almoço, mais um antes daquela importante reunião. O que parece apenas um momento relaxante pode ocasionar diversos problemas de saúde a médio e a longo prazo. O tabagismo causa vício e pode levar a uma série de complicações.

De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados em 2018, a quantidade de fumantes no Brasil caiu 40% nos últimos 12 anos. Ainda assim, não há motivos para comemorar: o tabaco provocou a morte de quase 1 milhão de pessoas, em 2017, nas Américas. A fumaça prejudica ainda quem está exposto indiretamente a ela: ocasionou mais de 93 mil mortes por fumo passivo, segundo a OMS.

Entre algumas das campanhas criadas para conscientizar a população temos o Dia Nacional do Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto. Na leitura a seguir você ficará por dentro dos principais riscos e descobrirá como parar de fumar!

Quais são os principais riscos de saúde para os fumantes?

Além da nicotina, o cigarro tem mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas. Outros tipos de fumo, como cigarro eletrônico e narguilé, também são perigosos e preocupantes à saúde, levando a pessoa a lidar com alguns riscos, como:

Dependência

Hoje em dia, as dependências química e comportamental são compreendidas em um único contexto por estarem intimamente relacionadas. Os termos, porém, podem ser diferenciados.

O cigarro age no sistema de recompensa do cérebro, aumentando a dopamina e reduzindo a ansiedade. Com isso modifica o sistema nervoso, que precisa estabelecer novo equilíbrio para se adaptar à substância. Podemos dizer que o organismo se acostuma a ela e, quando a pessoa não faz mais uso, sente sensações físicas desagradáveis. Essa é a dependência química.

O cigarro ainda tem uma função na vida pessoal: propicia relaxamento e é usado em momentos de grande estresse. É mais fácil ter essas sensações anestesiado do que lidar de verdade com elas. Isso faz o fumante criar um vínculo com ele, já que o associa a situações do seu dia a dia. Essa é a dependência comportamental.

Contudo, “nem todos que experimentam o cigarro se tornam tabagistas, pois existe uma suscetibilidade individual”, afirma dra. Telma Antunes, pneumologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Câncer

As diversas substâncias contidas no cigarro podem causar alterações em células do nosso corpo e mutações genéticas, que crescem, multiplicam-se e se espalham. O tabagismo tem grande relação com diversos tipos de câncer, como os de pulmão, bexiga, cabeça e pescoço.

Doenças cardiovasculares

O cigarro também é vilão para o sistema cardiovascular. Suas substâncias agridem o endotélio, tecido que reveste a parede interna dos vasos sanguíneos, facilitando a formação de placas de gordura. Isso pode levar, por exemplo, ao infarto, pelo entupimento dos vasos sanguíneos, e ao acidente vascular cerebral (AVC), quando a vascularização do cérebro é prejudicada.

Doenças pulmonares

Uma das mais conhecidas é a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), conhecida como enfisema. Ela é uma combinação do quadro de bronquite (inflamação dos brônquios) com a destruição do tecido pulmonar pelo cigarro. Quem sofre com DPOC pode apresentar tosse, chiado e falta de ar, em geral progressivos.

Como parar de fumar?

Pode não ser a coisa mais fácil do mundo, mas existem algumas soluções eficazes para quem se pergunta como parar de fumar. Veja!

Psicoterapia

É feita em grupo ou de forma individual, como a pessoa preferir. Existem várias abordagens que ajudam a pessoa a se livrar do vício e a cognitivo-comportamental é uma das mais utilizadas. O tratamento é focado em trabalhar com pensamentos e sentimentos, preparando o paciente para a retirada gradual das substâncias.

Reposição de nicotina

Esse recurso age da dependência física, ao repor a nicotina na corrente sanguínea, com adesivos ou goma de mascar, sem que seja necessário fumar e entrar em contato com as outras substâncias altamente mais tóxicas. Existem produtos com várias dosagens e eles devem ser usados seguindo um protocolo médico.

Medicamentos

Pelo fato de o cigarro atuar na dopamina, causando sensação de bem-estar, sua retirada faz com que o organismo sofra com sinais de desconforto, fazendo com que a pessoa busque, novamente, o fumo para se livrar deles. Os medicamentos substituem esses mecanismos, ativando neurotransmissores adequados, para que a sensação ruim não seja sentida.

Como evitar uma recaída e qual é a importância do acompanhamento médico?

São muitas substâncias no cigarro que provocam prazer e vício. Isso faz com que o organismo sinta a abstinência e esteja propício a recaídas. As medicações, o apoio familiar e o psicológico ajudam nisso.

O hábito de fumar muitas vezes está associado também a situações do cotidiano, como o café, uma conversa com amigos e bebidas alcoólicas. Eles se tornam gatilhos, fazendo com que a pessoa sinta uma vontade incontrolável de uma tragada, após o tratamento. Assim é preciso ter várias estratégias para evitar que esse desejo surja.

O médico é essencial durante o tratamento. Por ter conhecimento dos mecanismos fisiológicos das substâncias e da abstinência, ele oferece o apoio necessário e pode receitar as medicações adequadas.

Buscar dicas de como parar de fumar é o primeiro passo para quem quer se ver livre do vício. O Hospital Israelita Albert Einstein está oferecendo ajuda nisso. O corpo clínico é comprometido com a qualidade e trabalha com protocolos alinhados às normas internacionais. Então, você pode contar conosco!

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