Confira como tratar crise de bronquite em criança

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Os problemas respiratórios são, infelizmente, muito comuns em nossa sociedade. Os casos aumentaram mais de 300% em apenas um mês em 2022 — sendo este apenas um exemplo da importância de termos atenção no que diz respeito a esse assunto. Por isso, neste post, falaremos sobre a crise de bronquite em criança.

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A bronquite é uma doença relativamente comum, especialmente entre os pequenos. Entender mais sobre esse assunto e conhecer os sintomas desse problema é algo indispensável para que o tratamento da criançada seja o mais adequado possível.

E então, que tal saber sobre as principais características da bronquite infantil, os seus sintomas e, claro, como lidar com essa situação? Continue a leitura e tire as suas dúvidas!

O que é bronquite?

Como o nome já indica, a bronquite é uma inflamação na região dos brônquios — que, por sua vez, são estruturas fundamentais para o funcionamento dos pulmões. A função deles é carregar o ar que respiramos até os alvéolos, local em que acontecem as trocas gasosas — ou seja, a respiração.

A inflamação dessas estruturas faz com que a produção de muco não seja devidamente eliminada. Assim, há dificuldade para respirar, além de outros sintomas que podem ser não só desagradáveis, como bem perigosos.

Quais são os sintomas mais comuns de bronquite em criança?

Os principais sintomas envolvidos em uma crise de bronquite infantil são:

  • dificuldade para respirar e falta de ar;
  • chiado ao respirar;
  • tosse bem produtiva — ou seja, com muita produção de muco;
  • febre;
  • coriza (nariz escorrendo);
  • dificuldade para dormir;
  • perda de apetite;
  • mal-estar generalizado.

É claro que nem todas as crianças vão apresentar todos esses sinais. Sendo assim, é fundamental que os pais e responsáveis se mantenham bem atentos, a fim de identificar qualquer alteração logo no início.

Como melhorar uma crise de bronquite?

Confira, agora, algumas dicas sobre o que fazer em caso de crises de bronquite!

Forneça hidratação

Hidratar o corpo, de dentro para fora, é uma boa maneira de lidar com muitos sintomas desagradáveis em nosso organismo. Isso é ainda mais importante quando estamos doentes, pois nosso corpo precisa trabalhar dobrado para lidar com esse problema.

Então, é interessante oferecer bastante água ao pequeno, repondo o que ele tem perdido e ajudando, até mesmo, na expectoração do muco.

Lembre-se de que o líquido também pode ser oferecido na forma de suco, chá e água de coco.

Ajude com a inalação

Um dos focos do tratamento da bronquite consiste na realização de boas inalações. Além de hidratarem as vias respiratórias e melhorar os sintomas, elas ajudam com a expectoração do muco formado nos brônquios.

A inalação padrão, com soro fisiológico, pode ser utilizada para aliviar os sintomas. No entanto, nem sempre ela é realmente eficaz, sendo necessária a adição de alguns medicamentos no inalador — que devem ser prescritos por um médico, ok?

Deixe o ambiente úmido

Já falamos sobre como é importante ajudar a criança que está com bronquite por meio da hidratação. Outra forma de fazer isso é hidratar o ambiente inteiro, fazendo com que ela se sinta mais à vontade — especialmente durante o tempo seco.

Uma das maneiras de tornar isso possível é com o uso de umidificadores. Caso você não tenha um, não se preocupe: colocar uma toalha molhada perto da criança, ou um balde com água fervendo, também são boas maneiras de ajudar.

Remova qualquer fonte de cheiro forte

Outro problema que pode agravar a bronquite é a presença de cheiros, especialmente no caso da bronquite alérgica — mas isso também é válido para outros casos da doença.

Por isso, uma das formas de aliviar os sintomas e a intensidade da crise é remover qualquer fonte de odores de perto da criança afetada. Se isso não for possível, mova o pequeno para um cômodo no qual o cheiro esteja menos perceptível.

Entre em contato com o médico

Por fim, é muito importante levar a criança a um médico. Ainda que as medidas acima sejam boas para aliviar os sintomas, elas não são duradouras. O problema ainda estará lá e precisará ser tratado!

A boa notícia é que as crises de bronquite podem ser devidamente atendidas em um pronto atendimento. Depois, o acompanhamento do problema poderá ser feito pelo pediatra responsável pela criança — mas não há motivos para esperar! 

Como é feito o tratamento da bronquite infantil?

Agora que você já sabe o que fazer quando a crise de bronquite ataca, é importante entender também quais são os passos para tratar esse problema.

Novamente, cada caso é um caso. O tratamento vai depender de alguns fatores, como a causa do problema e a idade da criança.

De modo geral, o tratamento é medicamentoso. No caso de bronquites causadas por bactérias, por exemplo, é feito o uso de antibióticos. Nas alergias, anti-histamínicos são receitados — e por aí vai!

A inalação também é frequentemente aplicada nesses casos. Além disso, o controle do ambiente em que a criança vive é de extrema importância. Ele deve ser constantemente limpo e ficar livre de problemas como a presença de poeira.

Fumar perto dos pequenos também está fora de cogitação, sendo esse um dos principais gatilhos para as crises.

Quando procurar atendimento médico para bronquite?

O melhor é não esperar muito. Por isso, você pode (e deve!) procurar apoio de um profissional assim que o seu filho apresentar os primeiros sintomas de bronquite.

Afinal, eles são bem inespecíficos e podem representar qualquer tipo de infecção respiratória, inclusive a gripe e a Covid-19 — e não queremos deixar isso se agravar, não é mesmo?

No entanto, caso os sintomas tenham passado batido, leve o pequeno ao atendimento médico assim que percebê-los. Quanto antes ele for atendido, melhor. Afinal, tratamentos precoces são mais rápidos e mais eficientes.

Como podemos ver, as crises de bronquite em criança podem ser bem sérias. Por isso, precisamos saber não só como identificar os sintomas desse problema, mas como abordá-lo da melhor forma possível, com o apoio de bons profissionais!

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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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