Doação de órgãos: tire suas dúvidas sobre o assunto

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Atualmente, a fila de espera no Brasil para a doação de órgãos passa de 50 mil pessoas, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Ou seja, muitos aguardam ansiosamente por essa que pode ser a chave para uma nova chance de vida.

Enquanto isso, outros adorariam dar esse tipo de oportunidade a alguém com esse ato solidário. No entanto, por não entender exatamente como o processo funciona, deixam isso de lado. Você se identificou ou conhece quem passa pelo mesmo?

Por esse motivo, é importante continuar a leitura deste post para ter mais incentivo quanto à doação de órgãos. Confira!

Como funciona a doação de órgãos no Brasil?

A doação de órgãos no Brasil é um processo muito importante e que pode salvar vidas. Quando alguém acima de 18 anos falece, sua família pode autorizar o procedimento — desde que os órgãos estejam saudáveis e aptos para o transplante.

Para ser um doador, você pode se cadastrar durante a vida, deixando registrada a sua vontade em documentos, como a carteira de identidade ou a de motorista. Portanto, lembre-se de conversar com sua família sobre essa decisão.

A seguir, confira os passos necessários!

Autorização

Quando ocorre o falecimento de uma pessoa, a família é informada sobre a possibilidade de doação de órgãos. É importante que eles autorizem esse procedimento. 

Avaliação

A equipe médica avalia a possibilidade de transplante. Eles levam em consideração a compatibilidade com os receptores e o estado de saúde de cada um.

Morte encefálica

A doação só é possível quando a pessoa é diagnosticada com morte encefálica. Ela ocorre quando o cérebro para de funcionar de forma irreversível, mas os órgãos ainda estão recebendo oxigênio e podem ser mantidos saudáveis.

Cirurgia de retirada

Após a autorização da família, os órgãos são retirados cirurgicamente, com muito cuidado, para manter a sua qualidade. Esse procedimento é realizado por uma equipe especializada.

Preservação e transporte

Os órgãos são devidamente preservados e transportados para os hospitais em que serão realizados os transplantes. É necessário que isso seja feito de forma rápida e segura, para garantir a sua viabilidade.

Transplante

Os órgãos doados são destinados a pessoas que estão na fila de espera por um transplante, passaram por avaliações médicas e são compatíveis com o doador. Assim, a cirurgia é realizada.

Quais órgãos podem ser doados?

A doação de órgãos pode ser de:

  • Coração — doado para alguém que precisa de um transplante cardíaco, quando há compatibilidade entre doador e receptor;
  • Pulmões — transplantados em pacientes com doenças pulmonares graves, como fibrose cística ou enfisema;
  • Fígado — dividido em partes para transplante, podendo ajudar mais de uma pessoa que aguarda por um novo;
  • Rins — uma pessoa saudável pode doar um dos rins, ajudando alguém que sofre de insuficiência renal;
  • Pâncreas — em casos específicos, o pâncreas pode ser doado para alguém que tem diabetes e necessita de um transplante;
  • Intestinos — geralmente, são transplantados em pessoas com problemas graves no sistema digestivo.

Além dos órgãos, diversos tecidos também podem ser doados, como pele, ossos, córneas e válvulas cardíacas. Eles são usados em cirurgias reparadoras e transplantes específicos.

Quem pode ser doador de órgãos?

Apesar de a maioria das doações ocorrerem de um doador não vivo, qualquer pessoa pode ser um doador de órgãos, desde que atenda aos requisitos básicos. Confira quais são eles, a seguir!

Registro em vida

É importante manifestar o desejo de ser doador ainda em vida, conversando com a família e deixando-o registrado em documentos, como a carteira de identidade ou a de motorista. Assim, fica mais fácil respeitar tal vontade após o falecimento.

Idade

Cada tipo de órgão doado tem uma idade limite para garantir que eles estejam saudáveis e adequados para transplante. Por exemplo, a doação de fígado é até 70 anos, enquanto a de córneas não apresenta limite.

Condições de saúde

Para ser um doador, é necessário que os órgãos estejam em boas condições de saúde. Afinal, doenças como câncer ou infecções graves podem afetar diretamente o organismo e impedir a doação. Porém, cada caso é avaliado individualmente pela equipe médica.

Autorização familiar

Mesmo que você tenha manifestado o desejo de ser doador em vida, é fundamental que sua família esteja ciente e autorize a doação após o seu falecimento. Por isso, converse com ela e explique a importância do ato.

Como se tornar um doador de órgãos?

Tornar-se um doador de órgãos é um processo simples e importante, sendo necessário:

  • manifestar seu desejo para a família e deixá-lo registrado em documentos oficiais — como carteira de identidade ou de motorista;
  • manter-se sadio, por meio de hábitos saudáveis de vida;
  • tirar as suas dúvidas com profissionais de saúde.

Como visto, a doação de órgãos é um gesto nobre e altruísta, que pode salvar vidas e trazer esperança para pessoas que lutam contra doenças graves. No Brasil, o processo é regulamentado e segue critérios específicos para garantir a segurança e eficácia dos transplantes.

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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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