Doenças pulmonares raras: conheça mais sobre elas

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As doenças pulmonares afetam uma parcela considerável da população. Entre elas, destacam-se a asma e a bronquite, condições mais comumente conhecidas. No entanto, existem outras enfermidades menos frequentes que demandam um acompanhamento mais atento para garantir o bem-estar dos pacientes.

Neste artigo, apresentamos algumas das principais, destacando os seus sintomas, o diagnóstico e o tratamento de cada uma. Boa leitura!

O que são doenças pulmonares?

Os pulmões, fundamentais para o processo respiratório, desempenham um papel vital na nossa sobrevivência. São como verdadeiros filtros de ar, permitindo a oxigenação do sangue e eliminando as substâncias indesejadas.

Porém, em alguns casos, podem surgir doenças que afetam essa função primordial, prejudicando o nosso bem-estar. Elas podem ter diferentes origens, seja por fatores genéticos, seja por exposição a substâncias nocivas ou infecções.

Quais são as doenças pulmonares mais comuns?

Existem diversas condições que podem prejudicar o funcionamento do órgão, comprometendo o sistema respiratório e gerando impactos negativos na qualidade de vida das pessoas.

Conheça as mais frequentes, a seguir!

Asma

É uma doença crônica que afeta as vias aéreas, dificultando a respiração. Ela causa inflamação e estreitamento dos brônquios, o que faz com que os pacientes apresentem:

  • chiado no peito;
  • tosse;
  • sensação de aperto na região do tórax.

A asma pode ser desencadeada por diversos fatores, como:

  • alérgenos — como pólen, ácaros e pelos de animais;
  • irritantes respiratórios — como fumaça de cigarro e poluentes;
  • infecções respiratórias;
  • exercício físico intenso;
  • estresse emocional;
  • mudanças climáticas.

É essencial identificar os desencadeantes pessoais para tomar medidas preventivas e evitar crises.

Bronquite crônica

Essa é uma condição caracterizada pela inflamação das vias aéreas. Em geral, ela é causada pela exposição prolongada a agentes como:

  • fumaça de cigarro;
  • poluição do ar;
  • poeira.

Os sintomas da bronquite crônica podem variar de uma pessoa para outra. Os mais comuns são:

  • tosse persistente;
  • produção de muco ou catarro;
  • falta de ar;
  • chiado no peito;
  • cansaço frequente.

Apesar de não ter cura, algumas medidas podem ser adotadas para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida, como:

  • manter o ambiente sempre limpo;
  • evitar a exposição a agentes irritantes;
  • usar as medicações receitadas pelos médicos.

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

A DPOC é uma doença degenerativa caracterizada pela obstrução do fluxo de ar nos pulmões. Ela pode ocorrer devido aos seguintes fatores:

  • bronquite crônica — que inflama os brônquios;
  • enfisema pulmonar — que danifica os sacos de ar no órgão.

Essa combinação de fatores torna a respiração difícil e provoca sintomas como:

  • falta de ar;
  • tosse persistente;
  • produção de muco excessivo.

Apesar de não ter cura, algumas medidas podem ser adotadas para ajudar a controlar os sintomas, como o uso de broncodilatadores para abrir as vias respiratórias, a utilização de corticosteroides para reduzir a inflamação, a oxigenoterapia, a terapia de reabilitação pulmonar e a vacinação contra as doenças respiratórias.

Quais são as doenças pulmonares raras?

Essas condições são observadas em menor frequência, mas podem ocasionar grande desconforto para os pacientes.

Conheça as principais!

Fibrose pulmonar idiopática

A fibrose pulmonar é uma doença crônica, caracterizada pela formação excessiva de tecido cicatricial no órgão — o que faz com que ele deixe de funcionar corretamente.

Pode apresentar sintomas como:

  • falta de ar;
  • tosse seca e progressiva;
  • fadiga;
  • desconforto no peito.

Infelizmente, a causa exata da FPI ainda é desconhecida e, atualmente, não há cura. Porém, existem opções de tratamento disponíveis que ajudam a retardar a progressão da doença e aliviar os sintomas. Entre elas, estão os medicamentos para reduzir a inflamação e a cicatrização dos pulmões, a terapia de oxigênio, a reabilitação e o transplante — em casos graves.

Hipertensão arterial pulmonar

É uma doença rara e progressiva que afeta os vasos sanguíneos do órgão. Nesse cenário, ocorre um aumento anormal da pressão nas artérias, o que pode sobrecarregar o coração e prejudicar o funcionamento adequado do sistema respiratório.

Os sintomas da HAP podem ser sutis no início, mas tendem a piorar ao longo do tempo. Entre os sinais mais comuns, estão:

  • falta de ar;
  • cansaço excessivo;
  • palpitações;
  • tonturas;
  • inchaço nas pernas e tornozelos.

Embora a hipertensão arterial pulmonar não tenha cura, existem opções de tratamento que podem melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente, como:

  • uso de medicamentos vasodilatadores, que ajudam a dilatar os vasos sanguíneos nos pulmões;
  • terapias direcionadas, que visam corrigir as anormalidades moleculares envolvidas na doença;
  • transplante, em casos mais graves — quando as outras opções não são suficientes.

Síndrome de Löffler

É caracterizada pela formação de inflamação e acúmulo temporário de um tipo específico de célula, conhecido como eosinófilo. Essa resposta incomum do organismo pode ser desencadeada por várias causas, como:

  • infecções parasitárias;
  • reações alérgicas;
  • certos medicamentos.

Quando a síndrome de Löffler se manifesta, os pacientes podem apresentar uma variedade de sintomas que chamam a atenção para a dificuldade respiratória. Entre eles, estão:

  • tosse seca;
  • falta de ar;
  • chiado no peito;
  • febre, em alguns casos.

Quando o paciente é diagnosticado com a síndrome, é hora de traçar o plano de tratamento, que dependerá do que está ocasionando o problema.

Câncer

Essa é uma das doenças do pulmão que matam. Ela ocorre devido a um crescimento descontrolado de células malignas, que formam um tumor — o qual, em alguns casos, pode se espalhar para outras partes do corpo.

Existem diversos fatores que podem contribuir para o surgimento do problema, como:

  • tabagismo;
  • exposição à fumaça do cigarro alheio;
  • poluição do ar;
  • histórico familiar;
  • idade avançada.

O câncer de pulmão apresenta diversos sintomas iniciais que, muitas vezes, podem até ser confundidos com outras condições do trato respiratório. Alguns deles são:

  • tosse persistente;
  • falta de ar;
  • dor no peito;
  • perda de peso inexplicada;
  • fadiga.

O tratamento depende do estágio da doença, do tipo de células envolvidas e das características do enfermo. Após essa avaliação, o médico pode sugerir algumas opções, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapia-alvo.

Como é feito o diagnóstico?

A consulta com um especialista é o primeiro passo para o diagnóstico correto das doenças pulmonares. Para isso, ele deverá ouvir todos os sintomas, realizar alguns testes clínicos e, em alguns casos, solicitar a realização de exames adicionais, como:

  • radiografias;
  • tomografias;
  • exames de sangue;
  • biópsia pulmonar, dependendo da suspeita diagnóstica.

Como você pode perceber, as doenças pulmonares podem afetar a sua qualidade de vida. Atividades que costumavam ser simples — como caminhar ou praticar esportes — podem se tornar desafiadoras e, até mesmo, impossíveis quando você sofre com alguma delas. Por isso, ao perceber qualquer sintoma, não deixe de procurar a ajuda de um profissional.

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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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