O que é fibromialgia: descubra quais são os sintomas e tratamentos

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Conviver com a dor não é nada fácil. E, infelizmente, essa é a realidade de muitas pessoas que lidam com a fibromialgia, problema que afeta, pelo menos, 3% dos brasileiros. Sendo assim, cerca de 6 milhões de pessoas em todo o Brasil têm esse diagnóstico ou virão a tê-lo algum dia.

Mas, afinal, o que é a fibromialgia? Esse é o nome conferido a uma alteração reumatológica que causa dor crônica e uma série de sintomas desagradáveis, como cansaço e dificuldade para dormir.

Quer saber mais sobre esse problema? Então, continue a leitura desse artigo e descubra as causas da fibromialgia, os seus sintomas e muitos outros detalhes importantes.

O que é fibromialgia?

Fibromialgia é uma doença não articular e não inflamatória comum, mas mal compreendida e caracterizada por: dor generalizada, às vezes intensa; sensibilidade generalizada dos músculos, áreas ao redor de tendões e tecidos moles adjacentes; rigidez muscular; fadiga; confusão mental; transtorno do sono; e diversos outros sintomas somáticos.

A doença causa dores e desconfortos com duração superior a de 3 meses e que podem sumir e voltar de acordo com alguns gatilhos, como o estresse, o desenvolvimento de doenças ou o acontecimento de eventos traumáticos.

Outra característica marcante desse problema é a sensibilidade exacerbada à dor. Alguns pesquisadores acham que isso acontece por conta do modo como as mensagens são enviadas ao cérebro, mas ainda são necessárias novas pesquisas para entender esse mecanismo.

A fibromialgia é comum, ocorrendo 7 vezes mais em mulheres, geralmente jovens ou de meia-idade, do que em homens, crianças ou adolescentes. Em virtude da diferença entre os sexos, às vezes ela é não é percebida em homens. Frequentemente, ocorre em pacientes com outras doenças reumáticas sistêmicas concomitantes não relacionadas, complicando assim o diagnóstico e o tratamento.

Quais são os sintomas da fibromialgia? 

Há chance de rigidez no corpo e dor, que começam com frequência gradual, difusamente e com qualidade dolorosa. A dor é disseminada e pode piorar com fadiga, esforço muscular ou uso excessivo.

Os pacientes geralmente têm vários sintomas somáticos. A fadiga é comum, assim como os distúrbios cognitivos, como dificuldade de concentração e uma sensação geral de confusão mental. Há chance também de sintomas ligados a síndrome do intestino irritável, cistite intersticial, enxaqueca ou dores de cabeça de origem tensional. Sensação de formigamento ou dormência nas mãos também pode estar presente, geralmente bilateralmente.

Os sintomas podem aumentar por estresse ambiental ou emocional, transtorno do sono, trauma, exposição à umidade ou ao frio, ou por um médico, familiar ou amigo que transmita para o paciente a mensagem incorreta de que “isso é coisa da sua cabeça”.

Os pacientes tendem a estar estressados, tensos, ansiosos, fatigados e, em alguns casos, depressivos. Não é incomum que os pacientes sejam perfeccionistas de alto desempenho.

Como é feito seu diagnóstico? 

O diagnóstico da fibromialgia é feito a partir da análise de vários critérios. Há algum tempo, a pressão exercida em alguns pontos do corpo era um desses exames, mas atualmente o problema é diagnosticado a partir da exclusão de outras doenças.

Ou seja: não há um teste que comprove ou descarte a fibromialgia. Na verdade, ela é diagnosticada a partir da análise de sintomas e da exclusão de outras possíveis causas para os sinais apresentados. Por isso, são solicitados exames como:

  • Hemograma completo;
  • Testes de tireoide;
  • Dosagem de vitamina D;
  • Dosagem de anticorpos para a doença celíaca, entre outros.

Como é feito seu tratamento? 

O tratamento é dividido em duas estratégias distintas: a medicamentosa e a integrativa.

No caso dos remédios utilizados, o foco é melhorar a dor do paciente e ajudá-lo a se sentir melhor, inclusive no que diz respeito ao sono e ao controle do estresse. Sendo assim, medicamentos como antidepressivos, analgésicos e anticonvulsivantes podem ser aplicados com sucesso.

As terapias integrativas incluem estratégias que também ajudam a reduzir a dor e o estresse. Exemplos são a fisioterapia, a terapia ocupacional e até mesmo a psicoterapia, que melhora a relação do paciente consigo mesmo e reduz as crises emocionais.

Qual sua relação com estilo de vida? 

Como vimos, o estresse pode ser um grande gatilho para que as crises de fibromialgia ocorram. Então, um estilo de vida saudável é uma ótima maneira de reduzir a sua incidência, fazendo com que o paciente se sinta melhor e tenha mais qualidade de vida.

Por isso, boas práticas para melhorar essa questão são:

  • Diminuir o estresse;
  • Praticar atividades físicas;
  • Limitar o consumo de álcool;
  • Evitar o tabagismo;
  • Ter uma alimentação equilibrada;
  • Buscar horários bem definidos para dormir e acordar, regulando o relógio biológico;
  • Se hidratar ao longo do dia, entre outros.

Como podemos ver, a fibromialgia é um problema bem sério, que pode prejudicar fortemente a qualidade de vida das pessoas que lidam com ele. Então, se você acha que está passando por esse tipo de sintomas, procure um médico para que o diagnóstico seja fechado quanto antes!

Aproveite e confira outra postagem sobre um dos sintomas da fibromialgia: o sono. Nela, você aprenderá a identificar se está dormindo o suficiente ou não. Boa leitura! 

Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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