O metronidazol é um tipo de antibiótico que serve para frear o crescimento de bactérias no corpo diante de infecções em áreas como sistema reprodutivo, trato gastrointestinal, pele, coração, ossos, articulações, pulmões, sangue e sistema nervoso.
Esse medicamento pode ser recomendado para vários casos, entre eles:
- Abscesso dentário;
- Doença inflamatória pélvica;
- Vaginite;
- Picada de inseto infectado;
- Úlceras de pele;
- Escaras;
- Feridas;
- Tricomoníase;
- Amebíase;
- Mordidas de animais e humanos.
Como usar o metronidazol
Assim como outros antibióticos, o metronidazol é comercializado no país com tarja vermelha. Isso quer dizer que ele só pode ser vendido caso seja apresentada uma prescrição médica.
Segundo o InfoSUS, o remédio está disponível no país em diversos formatos. Cada um deles costuma ser indicado para o tratamento de um problema diferente.
- Comprimido: tricomoníase, vaginites por Gardnerella vaginalis, giardíase, amebíase, infecções causadas por bactérias anaeróbias e cocos anaeróbios.
- Geleia vaginal: tricomoníase.
- Solução injetável: infecções causadas por bactérias anaeróbias e para prevenção e tratamento de infecções pós-cirúrgicas.
- Gel dermatológico: infecções cutâneas.
Efeitos colaterais
No geral, quando se manifestam, os efeitos colaterais do metronidazol costumam ser leves. Os mais comuns incluem:
- Vômito;
- Náusea;
- Diarreia;
- Constipação;
- Dor de estômago;
- Cólicas estomacais;
- Perda de apetite;
- Dor de cabeça;
- Boca seca;
- Gosto metálico;
- Irritação na boca ou na língua.
Caso sintomas mais graves sejam sentidos (como convulsões, dificuldade para falar e problemas de coordenação), a recomendação é interromper o uso do medicamento e buscar ajuda médica o quanto antes. Se necessário, ligue para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo número 192.
Contraindicações
O metronidazol é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade ao medicamento ou qualquer um de seus componentes. Ele também deve ser evitado no primeiro trimestre de gravidez.
Durante e até três dias depois do fim do tratamento, recomenda-se não consumir álcool ou produtos que contenham propilenoglicol. A interação dessas substâncias pode diminuir a eficácia do medicamento e levar a reações adversas graves.
Antes de fazer uso do remédio, informe seu médico caso você tenha um histórico de doença hepática, renal, estomacal e intestinal, distúrbios no ritmo cardíaco ou nas células sanguíneas (anemia) e infecção fúngica em qualquer parte do corpo. O mesmo vale para indivíduos diagnosticados com síndrome de Cockayne e doença de Crohn.
Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes (CRM-SP 203006/RQE 91325), médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico, especialista em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.