Mononucleose: a ‘doença do beijo’

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O que é mononucleose?

A mononucleose, popularmente conhecida como “doença do beijo”, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr. Esse vírus invade as células que revestem o nariz e a garganta, afetando os glóbulos brancos responsáveis pela defesa do corpo. Ele pertence à mesma família do vírus que causa a herpes simples.

A mononucleose é contagiosa, e ainda não existe vacina para o vírus Epstein-Barr. Calcula-se que 90% da população mundial adulta já teve contato com ele, mas poucas pessoas adoecem.

Como uma pessoa é contaminada e pega mononucleose?

A mononucleose é transmitida pelo contato com a saliva de pessoas infectadas, seja por meio do beijo, espirros, tosse, ou mesmo pelo compartilhamento de objetos como copos e talheres.

Qual o período de transmissão?

Após infectar um novo hospedeiro, o vírus Epstein-Barr tem um período de incubação que varia entre 30 e 45 dias, para então provocar os sintomas. Durante todo esse período, a transmissão do vírus para outras pessoas pode ocorrer.

Algumas pessoas infectadas com a mononucleose podem contagiar outras, mesmo depois que os sintomas desapareceram. O período de transmissão pode durar um ano ou mais.

Quais os sintomas provocados pela mononucleose?

A maioria dos casos de mononucleose é assintomática. No entanto, nas pessoas que apresentam sintomas, os mais frequentes são:

  • Fadiga;
  • Mal-estar;
  • Inflamação da garganta;
  • Febre;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço e axilas;
  • Amígdalas inchadas;
  • Dor de cabeça.

O tratamento da mononucleose é feito com medicação para aliviar os sintomas apresentados pela pessoa doente. Não se conhece um antiviral que tenha ação plena sobre o vírus.

Quantos dias dura a mononucleose?

Sintomas como febre e dor de garganta geralmente diminuem entre uma e duas semanas. Outros sinais, como fadiga e aumento dos gânglios linfáticos, podem persistir por um período mais prolongado.

Como é feito o diagnóstico de mononucleose?

O médico chega ao diagnóstico de mononucleose através da anamnese (entrevista com o paciente) e do exame clínico, durante os quais ele investigará os sintomas. Pode utilizar alguns exames laboratoriais para confirmar a presença do vírus no organismo, como o exame de anticorpos específicos para o vírus Epstein-Barr.

A mononucleose pode se tornar um problema grave?

O vírus Epstein-Barr pode provocar complicações, especialmente em pessoas com baixa imunidade, tais como encefalite, mielite transversa, síndrome de Guillain-Barré e infecção crônica. Por isso, nos casos sintomáticos, é recomendável o acompanhamento médico.


Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em clínica médica, medicina interna, cardiologia e ecocardiografia. É cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.

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