De acordo com dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 39 milhões de crianças lidam com a obesidade em seu dia a dia no mundo. Esse é um número preocupante, principalmente se considerarmos que estamos falando de uma das doenças mais complexas da atualidade.
Por isso, combater o sedentarismo infantil é uma prioridade. Fazendo com que os pequenos se mexam mais, é possível diminuir a incidência de sobrepeso e permitir que eles tenham uma infância mais saudável, assim como uma vida adulta mais equilibrada.
Conheça, então, o que é o sedentarismo na infância, as suas causas e quais são as melhores maneiras de combater o problema.
O que é sedentarismo infantil?
A definição de sedentarismo é a ausência de atividades físicas, seja parcial ou completamente. Ou seja: uma pessoa pode ser sedentária em níveis diferentes, desde que falhe em realizar uma queima calórica eficiente ao longo do seu dia.
O sedentarismo infantil é uma das principais causas do ganho de peso, inclusive do desenvolvimento da obesidade na infância e adolescência. Por isso, se mexer e gastar calorias ao longo do dia é a melhor forma de manter um peso saudável e evitar vários problemas de saúde.
Como identificar o sedentarismo infantil?
Identificar o sedentarismo na infância nem sempre é uma tarefa fácil. Afinal, há crianças que não gostam de alguns tipos de atividade, o que é perfeitamente normal. No entanto, o principal sinal desse problema é a resistência a fazer qualquer tipo de exercício físico.
Diante de uma criança resistente a brincadeiras e outras formas de atividades, é importante identificar a causa desse comportamento. Falaremos mais sobre isso a seguir!
Quais as causas do sedentarismo?
Há várias causas que podem ser mencionadas para o sedentarismo infantil. Uma das principais é o uso excessivo de telas, que faz com que os jovens fiquem muito tempo sentados sem realizar atividades físicas. E o pior: muitas vezes, eles consomem conteúdos tecnológicos enquanto se alimentam de forma inadequada.
Mas isso não é tudo. Problemas psicoemocionais também podem contribuir para uma redução da taxa de atividades físicas. Um bom exemplo é a depressão, que limita a vontade de realizar qualquer tipo de tarefa e faz com que a criança fique mais quietinha.
Por fim, não podemos deixar de mencionar as causas físicas, como o reumatismo em crianças, diabetes, problemas respiratórios, entre outras condições. Essas doenças podem diminuir não só a energia, como a possibilidade de movimentação da criançada.
Quais as suas consequências?
Agora, é hora de falarmos sobre as consequências do sedentarismo infantil. A mais comum é o aumento do peso, que pode levar ao desenvolvimento da obesidade. Esse é um tipo de doença muito séria, pois faz com que a criança fique mais suscetível a desenvolver outros problemas de saúde, como alterações cardíacas, respiratórias, ósseas e hormonais.
No entanto, o sedentarismo infantil também contribui para um maior isolamento social, prejudicando o desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos pequenos. Sendo assim, praticar atividades físicas ajuda as crianças a se desenvolver de forma adequada.
Qual a importância da prática de atividade física para crianças?
Como mencionado, a prática de atividades físicas ajuda na prevenção da obesidade e, consequentemente, das doenças que surgem a partir dela. Mas isso não é tudo. Veja outras vantagens de fazer a criançada se movimentar:
- mais coordenação motora;
- melhora do desenvolvimento cognitivo;
- melhora da comunicação;
- mais interação social;
- otimização de habilidades, como o trabalho em equipe, o raciocínio lógico e a adaptabilidade;
- melhora do sono;
- mais concentração e foco;
- menos estresse.
Como evitar o sedentarismo infantil em 6 passos?
Confira, agora, algumas dicas para evitar o sedentarismo infantil e fazer com que as crianças se mexam mais no dia a dia!
1. Imponha limites
O primeiro passo é impor limites. É notório que a tecnologia é válida, mas tempo demais em frente às telas não é algo recomendado para o bem-estar físico e psicológico das crianças. Sendo assim, estipule horários e prazos para que elas entrem em contato com esse tipo de recurso.
2. Cuide da saúde física e mental
Depois, é fundamental cuidar da saúde física e mental da criançada. Como vimos, há uma série de problemas que podem estar associados ao sedentarismo infantil, sendo essencial buscar meios de resolvê-los sempre que possível. Assim, o estímulo à prática de atividades será feito com segurança e sem pressão para a criança.
3. Invista em atividades físicas
O próximo passo é incentivar os pequenos a praticar atividades. Mas não foque apenas em uma: dê escolha e permita que eles escolham o que mais combinar com os próprios gostos e personalidade. A boa notícia é que há inúmeras alternativas, como natação, ciclismo, futebol, dança e vôlei.
4. Proponha atividades diversas
Além da prática de esportes, é interessante focar em atividades diversas, que podem estimular a criança. Brincadeiras em grupo como queimado e pique esconde são as melhores maneiras de incentivar a movimentação entre os pequenos.
5. Busque alternativas
Da mesma forma que acontece com os adultos, é importante focar em alternativas para fazer com que as crianças se mexam mais. Que tal ir à padaria caminhando, em vez de usar o carro? Ou subir os degraus das escadas, no lugar de usar o elevador ou as escadas rolantes? Esse tipo de prática ajuda muito.
6. Participe
Por fim, não deixe que a criança faça tudo sozinha. Os adultos são uma fonte de inspiração para os pequenos e, se você se exercitar, é muito provável que os inspire a querer praticar o mesmo ato. Então, faça a sua parte e dê o exemplo.
Neste artigo, mostramos que o sedentarismo infantil é algo grave e que pode trazer sérias consequências para o bem-estar e a qualidade de vida das crianças. Vale ressaltar que ele também pode levar prejuízos para a vida adulta, com uma maior tendência a desenvolver uma série de problemas de saúde no futuro. Então, fique de olho!
Como vimos, o sedentarismo pode estar associado a questões psicoemocionais. Então, aproveite para conhecer os sintomas e as causas da ansiedade em crianças para entender mais sobre o assunto!
Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).