O surgimento do câncer cervical no organismo, também chamado câncer do colo de útero, emite evidências de que o corpo não está bem. Entre eles, sangramento vaginal anormal, o que costuma ocorrer apenas em estágios avançados.
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Logo, evitar consultas médicas para avaliar suas condições de saúde dificulta o diagnóstico precoce da doença, essencial para maior sobrevida. É importante pensar sobre isso porque o câncer cervical é o terceiro mais frequente no público feminino da América Latina e do Caribe. Os dados são da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Diante da frequência com que esse problema atinge as mulheres e do comportamento sutil no estágio inicial, é indispensável saber mais sobre o câncer cervical. Por essa razão, preparamos este post para falar sobre o que é essa doença, seus sintomas, os fatores de risco, o tratamento e mais. Confira!
O que é o câncer cervical?
O câncer cervical consiste no acometimento de uma quantidade anormal de células na cérvix, passagem entre o útero e a vagina. Essa região, que pode ser atacada por células cancerígenas, funciona como um tampão, que evita o ataque de agentes infecciosos ao útero.
Ela também libera e facilita a passagem dos espermatozoides — célula reprodutora masculina necessária para a reprodução sexual — até as tubas uterinas. Contudo, algumas mulheres podem ter todos esses processos comprometidos pela infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV).
Essas células adoecidas e de fácil multiplicação — localizadas na cérvix —, com o tempo, podem invadir e afetar outros órgãos e tecidos. Se isso ocorrer, como quando a doença não é descoberta e tratada precocemente, o câncer é considerado em estágio avançado, mais agressivo e difícil de conter.
Principais causas
Conforme mencionado, a infecção pelo HPV é a principal causa do câncer de colo de útero. A transmissão ocorre pelo contato direto com a mucosa infectada ou com a pele, como nas relações sexuais. Em um pequeno número de casos, a infecção é persistente e pode progredir para o câncer.
Principais sintomas
Na fase inicial, não é comum que as mulheres apresentem sintomas, já que a multiplicação dessas células cancerígenas é lenta. Porém, com a progressão da doença, alguns sinais frequentes envolvem:
- dor e desconforto durante o sexo;
- sangramento após a entrada na menopausa;
- secreção vaginal incomum;
- menstruação mais duradoura que o normal;
- dor abdominal;
- sangue na urina;
- descontrole da bexiga etc.
Quais são os fatores de risco do câncer cervical?
Ser uma pessoa sexualmente ativa é um dos fatores de risco para o surgimento dessa patologia. Afinal, a principal forma de transmissão é pela infecção por HPV, por meio de relações sexuais — principalmente, desprotegidas, e quando os envolvidos tem múltiplos parceiros.
Esse tipo de vírus é muito comum, embora a maior parte de suas incidências não resultem em câncer. Assim, se os infectados pelo HPV têm um sistema imunológico ineficiente (como quem tem deficiência de vitamina D), os riscos são maiores. Isso porque a tendência é que o vírus se torne persistente.
Junto a isso, também são fatores de risco fumar, ter histórico na família de câncer cervical etc.
Como o tratamento para o câncer cervical funciona?
O tratamento do câncer cervical funciona com a remoção das células cancerígenas pela cirurgia de excisão por eletrocoagulação — também chamada de CAF — ou pela cauterização do colo uterino. A aplicação desse procedimento varia conforme o tamanho e o espalhamento do tumor.
Por exemplo, se ele ainda for precoce e estiver apenas na cérvix, a cirurgia pode ser mínima. No entanto, se o câncer se espalhou por outros órgãos e tecidos, estando em estágio avançado, o tratamento mais comum costuma ser radioterapia ou quimioterapia.
Quais são as medidas para obter um diagnóstico do câncer cervical?
O diagnóstico da doença ocorre por meio de exames de triagem para detectar alterações nas células, como o Papanicolau. Ele costuma ser indicado quando não existem sintomas, o que deve ser feito anualmente, como medida preventiva.
Por meio do Papanicolau, os profissionais de saúde conseguem analisar microscopicamente células localizadas no colo do útero. Se houver sinais de células cancerígenas, a paciente é indicada para uma biópsia, procedimento cirúrgico que retira amostras para análise minuciosa em laboratório.
Outra opção é o encaminhamento para o teste de colposcopia, em que ocorre o estudo detalhado de áreas que pareçam anormais na cérvix, com uma lupa. Se for confirmado o câncer cervical, os profissionais de saúde também podem solicitar outros testes para descobrir o tipo, o estágio e o grau da doença.
Qual é a incidência do câncer cervical na população?
O câncer de colo de útero tem incidência em 56 mil mulheres, anualmente, em toda América Latina, segundo a OPAS. Se incluir os Estados Unidos e o Canadá, os números sobem para 72 mil diagnósticos. Em 2023, a estimativa é que surjam 17.010 novos casos, conforme os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer).
Tirou suas principais dúvidas sobre o câncer cervical? Como visto, ele é o terceiro mais comum em mulheres, embora o câncer de pele e o câncer colorretal também sejam muito incidentes. Assim, é importante fazer consultas regulares com o médico para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
Por essa razão, compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais e ajude outras mulheres a cuidarem adequadamente da saúde!
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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).