Você é dessas pessoas que gostam de aproveitar o sol na praia ou na piscina? Quando momentos como esses são desfrutados com moderação, eles podem fazer muito bem para a sua saúde mental. Isso porque a vitamina D, sintetizada no organismo pela exposição solar, proporciona esses benefícios.
A quantidade insuficiente dela no organismo favorece o aparecimento de transtornos mentais, como ansiedade e depressão. A explicação é que a vitamina D tem, entre outras funções, a de regulação do sistema nervoso.
Percebeu como a sintetização da vitamina D pode ser benéfica para a sua saúde? Continue a leitura e fique por dentro de outras informações sobre esse tema!
O que é vitamina D?
Apesar da nomeação que remete a vitamina, obtida por meio da alimentação, a vitamina D é um hormônio. Ou seja, ela é sintetizada pelo próprio corpo, desde que tenha alguns estímulos — como a exposição solar.
Dessa maneira, assim como os demais hormônios do organismo, ela consegue realizar diversas funções. Entre elas, a regulação nos níveis de cálcio e fósforo, essenciais para a formação da estrutura óssea do corpo e da arcada dentária.
Para que ela serve?
A vitamina D tem a função de regular a concentração de alguns nutrientes no corpo. É o caso, principalmente, do cálcio e do fósforo, ao auxiliar a absorção deles no trato digestivo.
Contudo, nos últimos anos, a ciência descobriu muitos outros atributos desse hormônio, relacionados a:
- metabolismo do colágeno — cuja função é dar firmeza, sustentação e elasticidade às estruturas do corpo;
- controle de hipertensão arterial — diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, como infarto;
- regulação do sistema nervoso — essencial para prevenção de transtornos mentais, além de doenças como Alzheimer e outras;
- controle nos níveis de magnésio — útil na regulagem da pressão sanguínea, no fortalecimento do sistema imunológico e em outros aspectos;
- liberação da insulina pelo pâncreas — auxilia na prevenção da diabetes etc.
O que pode provocar a falta da vitamina D?
A falta de vitamina D é provocada pela menor exposição solar, principal estimulante da produção do hormônio no organismo. Isso costuma ocorrer porque muitas pessoas circulam pela cidade apenas em carros fechados e frequentam poucos lugares abertos.
Qual foi a última vez que você tomou sol, por exemplo? Sabemos que a culpa nem sempre é do indivíduo, já que o próprio desenvolvimento urbano, com prédios próximos e que criam sombra, dificulta a exposição solar.
Ainda, a necessidade de trabalhar em lugares fechados, como escritórios, e passar muito tempo lá também provoca a falta de vitamina D.
Inclusive, países mais frios, como o Canadá, costumam se referir ao inverno como o período da depressão sazonal. Afinal, ocorre uma menor exposição solar, favorecendo sintomas dessa condição.
No Brasil, país tropical, teoricamente, situações como essas podem até não ser um problema. No entanto, o medo de envelhecer a pele ou causar câncer leva mais pessoas a evitarem o sol. De fato, é preciso ter cuidado com a exposição — que deve ser moderada — para não sofrer com os problemas citados.
Quais são os sintomas da falta de vitamina D?
Um dos sintomas mais comuns da deficiência de vitamina D é a fraqueza muscular e a dor nos ossos. Afinal, esse hormônio é necessário para a regulação de cálcio e fósforo, aliados da saúde óssea. Logo, se a deficiência se mantiver a longo prazo, o indivíduo pode ter patologias como osteoporose, que favorece quedas e fraturas.
Esse problema é ainda mais delicado após os 50 anos, já que a produção da vitamina D pelo corpo diminui com o avançar da idade. Outro sintoma da falta dela é a dificuldade para ganhar massa muscular, explicando por que os mais velhos têm maior perda da massa magra.
Outros sinais associados aos níveis insuficientes desse hormônio são a fadiga e a falta de ar, mesmo ao realizar atividades do dia a dia. Além disso, você tem adoecido com frequência, pegando gripes e resfriados? É um sintoma da deficiência de vitamina D, devido ao enfraquecimento do sistema imunológico.
Qual é o tratamento para combater essa deficiência?
Como visto, a maior fonte de vitamina D é a luz solar — a mesma que, ironicamente, pode causar queimação, vermelhidão, envelhecimento precoce etc. Então, é importante entender qual é o melhor horário para tomar sol e estimular a produção do hormônio.
O horário mais recomendado é das 10:00 às 15:00, quando ocorre maior concentração dos raios UVA, desde que o rosto fique sempre protegido com filtro solar. As demais partes do corpo podem ficar expostas sem ele.
O tempo indicado é de 15 a 20 minutos, para pessoas de pele clara, e até três vezes na semana. Quem tem pele escura pode fazer isso de 30 minutos a uma hora, de três a cinco vezes semanais. Após esse período, diminua a exposição solar para não prejudicar a pele.
De toda forma, é preciso cuidado. Pessoas que, além da pele, têm olhos e cabelos claros, devem evitar a exposição solar. Nesse caso, um médico ou nutricionista pode prescrever a suplementação da vitamina D, se necessário.
Quais são os alimentos ricos em vitamina D?
Esse hormônio também pode ser absorvido pela comida, embora o sol seja a fonte principal. É o caso de gema de ovo (também benéfica para regular a flora intestinal), cogumelos, carnes, peixes, leite, fígado, frutos do mar etc.
Assim, consultar um nutricionista também é importante para que ele elabore um cardápio personalizado para maior absorção da vitamina D. Essa consulta também é útil para ajudar no consumo de outros nutrientes, como fibras e vitaminas do complexo B.
Entendeu quais são os principais benefícios da vitamina D? Como visto, esse hormônio é um aliado da sua saúde física e mental, sendo especialmente obtido com a exposição solar. No entanto, faça isso com moderação para não afetar a sua pele.
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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).