Calvície masculina tem tratamento? Descubra aqui!

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O impacto estético que a calvície masculina pode causar, certamente, preocupa muitos homens. Provocada por diversos problemas, a queda de cabelos atinge com mais intensidade a população masculina, pois está associada ao hormônio testosterona, em muitos casos.

Esse hormônio é o responsável, justamente, pelas características físicas do organismo dos homens, e está presente em quantidade muito menor nas mulheres. Embora não exista cura, os diferentes tipos de calvície podem ter sua progressão contida com alguns tratamentos.

Por isso, além de explorar as opções disponíveis, vamos abordar algumas das causas mais comuns para esse problema e de que forma o acompanhamento médico adequado pode ajudar a minimizá-lo. Confira!

Qual é o ciclo de crescimento do cabelo?

Todo fio de cabelo nasce a partir dos chamados folículos capilares, que ficam abaixo da pele. A partir deles, cada fio cresce, em média, um centímetro por mês. Cada pessoa tem um número, que varia entre 100 e 150 mil fios de cabelo.

Eles têm como função principal proteger o couro cabeludo da radiação solar. Não por menos, pessoas sem cabelo têm maior risco de desenvolver câncer de pele nessa região.

Seja como for, um fio de cabelo saudável cresce ao longo de até sete anos. Finalizado esse período, o cabelo entra em uma fase de repouso, em que ele permanece no couro cabeludo, mas para de crescer. Ao final, ele é liberado e cai.

Perder até 100 fios de cabelo por dia é algo considerado normal entre homens e mulheres. Contudo, como o volume de fios deixados pelo caminho começa a aumentar, é preciso ficar atento. Com o tempo, a queda constante vai deixando a cobertura capilar mais rala, comprometendo o aspecto estético e afetando a autoestima.

Quais são os tipos de calvície masculina? 

Em geral, perdas que começam em idades mais avançadas são mais lentas. Contudo, aquelas que se iniciam no final da adolescência e início da vida adulta tendem a ser mais aceleradas e costumam ter, como causa principal, fatores genéticos.

Se houver predisposição genética no DNA familiar, a perda de cabelo tende a se manifestar em algum momento a partir dos 50 anos.

Todavia, nem toda calvície é igual. Assim, é importante conhecer um pouco mais sobre cada tipo.

Alopecia androgenética

Também chamada de alopecia androgênica, costuma ser a principal causa de calvície entre os homens. Em menor grau, atinge também mulheres, embora suas causas estejam associadas à atividade do hormônio masculino testosterona.

De forma resumida, a calvície nesse tipo de quadro está associada aos estímulos promovidos pela testosterona, decorrentes de informações genéticas herdadas a partir do DNA paterno.

Os primeiros sinais podem aparecer já na adolescência, em especial, na parte frontal do couro cabeludo. Além disso, é comum que os cabelos fiquem mais finos, impactando ainda mais o aspecto estético.

Alopecia areata

A principal característica desse tipo de alopecia é a queda súbita e localizada dos fios de cabelo em determinada região do couro cabeludo. Com isso, surgem falhas na cobertura dos cabelos, em geral, de forma circular. Pessoas de todas as idades e de ambos os sexos podem sofrer com ela.

Ainda não há explicações claras a respeito do que provoca esse tipo de alopecia. Entretanto, problemas autoimunes ou desequilíbrios do organismo desencadeados pelo estresse estão entre alguns dos principais suspeitos.

Alopecia difusa

Também chamada de eflúvio telogeno, esse tipo de alopecia gera alterações dos ciclos dos fios, fazendo com que eles fiquem enfraquecidos e caiam antes do esperado.

Em parte dos casos, o paciente não fica totalmente calvo. Porém, a redução do número de fios deixa a cobertura do couro cabeludo escassa.

Esse tipo de problema é consequência de tratamentos médicos (como a quimioterapia), transtornos psicológicos ou dietas que provoquem a deficiência de determinados nutrientes. Desequilíbrios hormonais também podem desencadear a queda dos fios.

Alopecia total

Como o próprio nome indica, esse problema causa a perda total dos fios de cabelo. Assim como outros problemas que atingem a cobertura capilar, várias causas podem ser apontadas. Entre algumas delas, estão fatores genéticos, doenças autoimunes ou desequilíbrios emocionais acentuados.

Calvície cicatricial

Lesões no couro cabeludo podem gerar perda definitiva do cabelo na região afetada. Em outras palavras, isso significa que os fios não crescerão mais na área, mesmo após a cicatrização.

Isso acontece devido ao dano definitivo do folículo que serve como estrutura para o crescimento do fio. Cortes, incisões cirúrgicas e queimaduras são algumas das causas mais comuns.

Existe tratamento para calvície?

Diante da descrição das condições que provocam a calvície, é possível perceber que cada caso é desencadeado por uma causa diferente. Fatores genéticos e ambientais podem se somar para gerar a perda de cabelo. Além disso, a queda dos fios pode ser afetada por condições psicológicas, hormonais ou de natureza autoimune.

Todavia, existem algumas opções para que homens afetados pelo problema reduzam o impacto da deterioração da cobertura capilar. Ainda que, em muitos casos, não seja possível reverter a queda do cabelo, os resultados costumam ser satisfatórios — principalmente, se iniciados em estágios iniciais.

Entre as alternativas mais adotadas, estão:

  • tratamentos farmacológicos — com medicamentos de diferentes classes, que atuam regulando a função hormonal por meio de diferentes mecanismos;
  • tratamentos a laser ou com luzes de LED — têm como intuito estimular a circulação sanguínea no couro cabeludo;
  • transplante capilar — indicado para casos com grau grave de comprometimento. O procedimento é feito por meio de uma cirurgia, em que são retirados bulbos capilares da nuca ou da lateral da cabeça, implementando-os na área já atingida pela calvície.

Todo tratamento para a calvície masculina deve ser feito com indicação médica, inclusive, diante dos riscos e dos possíveis efeitos colaterais. Por isso, é importante jamais se automedicar ou seguir orientações com base no que dizem amigos ou familiares.

O médico dermatologista é o profissional indicado para lidar com esse quadro, garantindo que o tratamento proposto contribua para redução do impacto que a perda dos cabelos gera.

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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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