Chegou a hora de saber mais sobre a diástase pós-parto! Afinal, a gravidez é um momento incrível para a vida da mulher. O parto, então, nem se fala! O mesmo é válido para os momentos que vêm depois disso, ou seja, uma vida inteira ao lado de uma das pessoas que você mais ama.
No entanto, a gestação também é um período de muitas mudanças no corpo feminino. É importante que pacientes tenham ciência disso para que possam se cuidar melhor durante e após esse momento tão especial.
Pensando nisso, preparamos um conteúdo sobre a diástase pós-parto, um problema relativamente comum e que pode ou não afetar as mulheres após a gravidez. Quer saber mais sobre o assunto e descobrir como é feito o tratamento? Então, continue com a gente!
O que é a diástase abdominal?
A diástase abdominal é um problema caracterizado pelo afastamento dos músculos do abdômen, em especial, o músculo reto abdominal. Ele está localizado logo na frente da barriga, abaixo do tórax.
Para que você possa visualizar melhor, imagine o músculo reto abdominal como um zíper fechado. A diástase seria o zíper aberto, com o afastamento de suas estruturas. Na gestação, isso ocorre por conta do espaço extra necessário para o crescimento do feto, o que acaba forçando a musculatura a “abrir”.
Qual a causa desse problema?
Como visto, a principal causa da diástase é a força exercida pelo útero ao longo da gestação. O crescimento do órgão (e do bebê) fazem com que muitas estruturas precisem “ir para o lado” para abraçar essa mudança no organismo. Uma delas é a musculatura.
No entanto, há outras causas para a diástase, além da gestação. Elas incluem:
- perda repentina de peso;
- ausência de fortalecimento na região abdominal;
- problemas com a postura;
- falta de exercícios físicos;
- excesso de atividades físicas sem o devido fortalecimento dos músculos abdominais.
Como ele é identificado?
A identificação da diástase pós-parto se inicia a partir dos sintomas observados pela mulher, especialmente, a dor nas costas. Outros sinais são a flacidez abdominal ou a sensação de que a barriga está “para a frente”.
No entanto, o diagnóstico final é fechado com a ajuda de um médico ou fisioterapeuta. Ele fará alguns exames físicos que, na maior parte das vezes, consistem em pedir que você se deite de barriga para cima e incline o tronco como se fosse fazer um abdominal, enquanto a área é examinada.
Quais são os melhores exercícios para diástase?
Um dos melhores tratamentos para a diástase, pós-parto ou não, é a prática de exercícios físicos. Eles são focados na região abdominal e ajudam no fortalecimento dos músculos que se “afastaram”, permitindo que eles voltem a ficar juntinhos. Conheça algumas práticas, a seguir!
1. Prancha lateral
A prancha é um dos exercícios isométricos (ou seja, aqueles em que você segura o movimento) mais completos. No entanto, a sua variação lateral também não perde em nada para a tradicional, sendo uma ótima forma de fortalecer a musculatura abdominal.
Comece o movimento deitando-se de lado, de preferência em um colchonete. Apoie o seu cotovelo na linha do ombro e levante o corpo, deixando o pé também apoiado no chão. Segure o máximo que conseguir.
2. Abdominal infra
O abdominal dispensa apresentações. A variação infra é muito útil para fortalecer o músculo reto abdominal, trabalhando também a musculatura da lombar. Para fazê-lo, deite-se apoiando a cabeça e as costas no colchonete, com as pernas estendidas em linha reta.
Depois, é só apoiar as palmas das mãos no chão, pois elas serão usadas como suporte. Em seguida, eleve as suas pernas, sem mover o tronco ou o pescoço. Você pode, também, tentar a variação de levar os joelhos (com as pernas levemente flexionadas) até a proximidade do tórax.
3. Abdominal hipopressivo
Por fim, temos o abdominal hipopressivo. Essa é uma técnica também conhecida pelo nome de “stomach vacuum”, e é uma ótima aliada no fortalecimento de todo o abdômen.
Você pode fazê-la deitada, sentada, em quatro apoios ou em pé, com as mãos apoiadas na parede, ou inclinada para a frente, com as mãos no joelho. Escolha o modo mais confortável.
Comece inspirando bastante pelo nariz e, em seguida, solte a respiração pela boca. Agora, sugue a sua barriga para dentro o máximo que conseguir, como se fosse encostá-la nas costas. Mantenha o movimento até precisar respirar novamente. Faça três séries diariamente.
Lembrando que não é recomendado fazer qualquer tipo de atividade física após o parto sem o suporte de um médico, fisioterapeuta ou educador físico. Por isso, não deixe de buscar a opinião de um profissional antes de começar os exercícios, para evitar que o problema se agrave ainda mais, ok?
Há outras formas de tratar a diástase pós-parto?
Além da prática de exercícios e do combate ao sedentarismo, há outras formas de tratar o problema da diástase pós-parto. A primeira é o acompanhamento com fisioterapeutas, que poderão ajudar no fortalecimento muscular e no reajuste do organismo para que esse objetivo seja alcançado.
O acompanhamento nutricional também pode ser interessante, especialmente, para ajudar na perda de peso. O sobrepeso é um dos fatores que dificultam a resolução do problema com a diástase.
Por fim, há também a cirurgia, proposta apenas para casos mais graves. Nela, o cirurgião aproxima os músculos, mas essa não é uma intervenção recomendada para todas as mulheres.
É possível prevenir a diástase pós-parto?
Nem sempre é fácil prevenir que essa situação se desenvolva. Isso dependerá muito de características da mulher e da sua gestação, mas a realização de atividades físicas durante a gravidez tende a diminuir a incidência ou a gravidade do problema.
Por isso, se você ainda está gestando ou está pensando em engravidar, converse com o seu médico sobre a execução de um plano de treinos focados no abdômen. Caso esteja liberado, inclua esses exercícios em seu dia a dia e diminua as chances de lidar com a diástase pós-parto mais à frente.
Como podemos ver, a diástase pós-parto é um problema chato, mas que tem tratamento. Então, não se desespere caso esteja passando por isso, mas não deixe de fazer o acompanhamento adequado. Em breve, você verá muitos resultados!
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Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).