A enxaqueca é uma doença multifatorial caracterizada por dores latejantes e unilaterais na região da cabeça. Ela acompanha outros sinais evidentes, como intolerância ao som, luz e cheiros fortes. Por isso, é importante conhecer todas as suas causas e sintomas.
Segundo a Organização das Nações Unidas (OMS), a condição é considerada uma das doenças mais incapacitantes do mundo. Uma crise de enxaqueca pode durar até 4 horas e afeta crianças, jovens, adultos e idosos, ou seja, não há restrição de idade.
Pensando na importância de conhecer mais sobre a doença, reunimos diversas informações sobre ela. Conheça agora os tipos, as causas e os sintomas da enxaqueca. Acompanhe!
Quais são os tipos de enxaqueca?
Existem diversos tipos de enxaqueca. Conheça mais sobre eles a seguir.
Enxaqueca comum
A enxaqueca comum é responsável por acometer a maioria dos pacientes que desenvolvem o problema e, em diversos casos, é confundida com uma dor de cabeça comum. Entre as suas características estão:
- um histórico de pelo menos 5 crises
- manifestação de náuseas/vômitos
- aversão à luz ou ao barulho
- dor pulsátil/unilateral ou dor de moderada a intensa
- agravamento do quadro com esforço físico
Qual a diferença entre dor de cabeça comum e enxaqueca?
A enxaqueca ocasiona dor de cabeça persistente entre 4 e 72 horas, além de vir acompanhada de outros sintomas. Outra característica é a sensação de incapacidade, pois a enxaqueca prejudica a execução de atividades cotidianas.
Já a dor de cabeça comum é manifestada por meio de cefaleia imediata e tensional, sem sintomas que a precedem. É caracterizada por quadros de dores mais brandos, não latejantes. Ela ocorre de maneira mais pontual e passa com o uso de medicações específicas, como analgésicos. Uma particularidade é que a dor pode ser notada na cabeça inteira — ao contrário da enxaqueca, que ocorre de forma unilateral.
Quais os sintomas de enxaqueca?
Estão entre os sintomas mais comuns e evidentes da doença:
- agitação;
- dor de cabeça latejante e pulsátil;
- irritabilidade constante;
- náuseas e vômitos;
- sensibilidade à luz, sons e cheiros.
Existem outros sinais menos recorrentes, como:
- alterações de humor;
- alterações na temperatura do corpo;
- coriza e obstrução nasal (nariz escorrendo e entupido);
- diarreia;
- dificuldade na concentração;
- sensação de ouvidos tampados;
- sudorese;
- tonturas.
Enxaqueca com aura
A enxaqueca com aura causa alterações visuais e sensoriais ao paciente, deixando-o sensível à luz, ao som e com náuseas. Esses sinais avisam de uma crise iminente, gerando uma sensação chamada de aura.
Os sintomas mais comuns são:
- alterações na visão (pontos luminosos e/ou pontos escuros);
- confusão mental;
- formigamentos;
- fraqueza;
- vertigem.
Ainda que aconteça antes da dor começar, a sensação de aura pode persistir após o início da crise. Não se sabe, exatamente, quais são as causas da enxaqueca com aura. Alguns estudos indicam que o surgimento dessas luzes e das chamadas “auras” podem ser indicadores da hiperestimulação de alguns neurônios, o que acontece por conta da dor.
Também existem estudos que apontam que alguns pacientes têm o surgimento de auras antes dos episódios de enxaqueca devido a tendências genéticas.
Enxaqueca em crianças
Infelizmente, esse tipo de enfermidade também acomete crianças. A propósito, elas podem ter os mesmos tipos de enxaqueca que os adultos. Assim como os mais velhos, podem sofrer com alterações visuais, náusea, fraqueza e dores intensas. A tendência é que os episódios persistam por horas.
Enxaqueca na gravidez
Para as mulheres, as crises de enxaqueca geralmente diminuem quando estão gestantes. Porém, elas podem ficar mais frequentes e intensas no período pós-parto por causa da queda hormonal.
Mães que manifestam enxaqueca durante a gravidez podem ter parto prematuro, além de riscos de pré-eclâmpsia e de que o bebê nasça abaixo do peso. Portanto, é preciso acompanhar o caso de perto para garantir uma gestação mais segura e saudável.
O que pode causar a enxaqueca?
Por se tratar de uma disfunção multifatorial, as causas da enxaqueca são desconhecidas até hoje. No entanto, existem alguns fatores que potencializam o surgimento das crises de enxaqueca, como:
- alterações hormonais;
- consumo excessivo de açúcar, álcool, cafeína e produtos industrializados;
- fumo;
- estresse;
- exposição prolongada ao ar-condicionado ou outros tipos de climatizadores;
- insônia ou sono desregulado;
- jejum prolongado;
- luzes intensas;
- período menstrual;
- perfumes e outros odores fortes.
É importante dizer que a enxaqueca pode ser desencadeada por diversos fatores do dia a dia. Além disso, essas condições variam de paciente para paciente, ou seja, jejum prolongado pode causar dores em você, por exemplo, mas não necessariamente em outras pessoas.
Qual a importância de procurar um médico para tratamento?
Se você tiver mais de três episódios em uma semana ou faz uso frequente de analgésicos, procure orientação médica para identificar a causa da enxaqueca e fazer o tratamento adequado.
O neurologista é um dos profissionais mais indicados para se consultar quando se tem o problema. Ele, como especialista, pode solicitar exames específicos e avaliar os sintomas. Outro fator que merece atenção na busca por auxílio médico é que, em alguns casos, os sinais de algo grave podem ser confundidos com dores de cabeça e enxaqueca. É o caso do AVC, popularmente chamado de derrame cerebral.
Como visto, os sintomas de enxaqueca são diversos, por isso merecem total atenção e cuidado por parte do paciente. O ideal é não deixar que o quadro piore sem buscar ajuda, pois condições de alta gravidade podem surgir. Por isso não hesite em marcar uma consulta para investigar o seu caso o quanto antes e garantir qualidade de vida.
Nesse sentido, o Einstein pode ajudar você e a sua família a ter uma vida mais saudável. Entre em contato com a gente para conhecer todos os nossos diferenciais.
Revisão técnica: João Gabriel Pagliuso, médico da Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein.