O cloridrato de bromexina é um medicamento mucolítico, que estimula a alteração da consistência do catarro, naturalmente presente nas vias respiratórias. Ao tornar essa secreção mais líquida do que o normal, a eliminação dela é facilitada, diminuindo os sintomas de tosse seca e a dificuldade na respiração.
O remédio costuma ser indicado para o tratamento de doenças broncopulmonares agudas, como pneumonia e tuberculose; ou crônicas, tais quais bronquite e asma.
Há ressalvas quanto ao seu uso, principalmente na população pediátrica. Por isso, nunca use sem a indicação de um especialista.
Como usar o cloridrato de bromexina
Disponível como solução líquida para inalação ou xarope, o cloridrato de bromexina é comercializado sem tarja no Brasil. Isso significa que pode ser comprado nas farmácias sem a necessidade de apresentação de uma receita médica – embora isso não seja recomendado.
Mesmo sem obrigatoriedade, a indicação é consultar um especialista antes de usar qualquer princípio ativo. A partir da avaliação clínica do paciente, o médico poderá verificar o melhor tratamento para cada caso, bem como instruir sobre dosagem e tempo de uso.
Efeitos colaterais
Quando se manifestam, os efeitos colaterais do cloridrato de bromexina tendem a ser brandos e passageiros. Dentre os mais comuns estão náuseas, vômitos e dor abdominal.
Embora seja mais raro, o medicamento ainda pode causar reações alérgicas graves. Seus sintomas incluem dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, formação de bolhas na pele ou urticária.
Se isso ocorrer, interrompa o tratamento e procure ajuda médica imediatamente. Caso seja necessário, acione o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo número 192.
Contraindicações
O cloridrato de bromexina é contraindicado a pessoas com histórico de reação alérgica a outros mucolíticos, como fluibron e mucolin, bem como a qualquer um de seus componentes.
É possível ainda que ele cause reações negativas a gestantes durante o primeiro trimestre de gravidez e a lactantes. Se esse for seu caso, informe o médico da sua condição antes de iniciar o tratamento com o remédio.
Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes (CRM-SP 203006/RQE 91325), médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico, especialista em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.