Quer saber como se alimentar bem? Este post é para você!

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Por Fabiana Rasteiro, Nutricionista do Programa de Reeducação Alimentar (#PRAVOCÊ — Einstein), da Clinica de Especialidades Pediátricas e do Centro de Prevenção e Tratamento da Obesidade Einstein do Hospital Israelita Albert Einstein

Com as preocupações diárias, não é raro deixarmos nossa alimentação em segundo plano, não é mesmo? Afinal, com tantas urgências e obrigações, dar atenção a isso, parece não caber no cronograma. No entanto, você sabia que há como se alimentar bem de forma simples e saborosa?

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Se o argumento da simplicidade não te convence, o da saúde certamente conquistará. Essa é uma das principais fontes da energia que flui mesmo em pessoas mais velhas. Com uma alimentação “inteligente”, você terá mais disposição no dia e evitará o aparecimento de diversas doenças.

Na leitura, vamos apresentar as principais dicas de como se alimentar bem e também os grandes mitos sobre alimentação!

A importância da alimentação saudável

A alimentação saudável propicia ao organismo bons nutrientes, para que ele se mantenha funcionando de forma equilibrada. É a partir do que ingerimos que criamos energia para a realização de nossas atividades diárias.

Uma cozinha saudável nos deixa menos suscetíveis a várias doenças, como diabetes, hipertensão, obesidade e câncer. Além disso também contribui para a redução de peso, a melhora no humor, a boa saúde intestinal, a memória, a disposição física, o sono adequado e a imunidade.

As 5 dicas de como se alimentar bem

A boa alimentação não exige práticas complicadas. As dicas a seguir valem para homens e mulheres, no entanto, é certo que cada pessoa precisará de uma quantidade diferente de nutrientes, pois cada um conta com uma composição corporal e uma rotina distintas. Confira!

1. Tenha uma alimentação diversificada

A dieta deve ser diversificada para ganhos mais otimizados. Alimentos de origem vegetal são excelentes fontes de fibras, vitaminas e minerais. Já os alimentos de origem animal, como carne e ovos, são boas fontes de proteínas. Os laticínios, em especial o leite, são a principal fonte de cálcio.

Claro que quem tem intolerância e alergias precisa seguir restrições. No entanto é comum pessoas retirarem algum nutriente, a exemplo do glúten, com o objetivo de emagrecer. Isso não costuma trazer resultados duráveis.

De modo geral, as refeições devem abranger todos os grupos alimentares, pois nenhum alimento sozinho proporciona tudo que o organismo precisa. Caso a pessoa queira fazer mudanças ou restringir certos alimentos é aconselhável procurar um nutricionista para uma orientação nutricional individual.

2. Mantenha a boa hidratação

A água é indispensável para o bom funcionamento do corpo. Ela mantém a hidratação, auxilia na regulação da temperatura corporal, ajuda no funcionamento intestinal e favorece diversos processos fisiológicos. Já o baixo consumo pode levar à desidratação e até prejudicar a regulação hormonal.

A recomendação, para a maioria das pessoas, é de ingerir 35ml por quilo corporal, o que dá uma média de 2 litros para um adulto. No entanto, as necessidades podem ser diferentes, de acordo, por exemplo, com o clima da cidade e a prática de atividades físicas.

3. Evite refeições apressadas

Ansiedade, pressa, preocupação e distrações no momento da refeição podem nos fazer comer em maior quantidade da que necessitamos. Não é preciso contar o número de mastigações, mas é importante comer com calma e mastigar bem o alimento, pois, além de facilitar a digestão, favorece a saciedade.

A plena atenção na refeição nos faz sentir melhor o aroma, o visual e o sabor dos alimentos. Isso também nos ajuda a identificar o momento em que já estamos satisfeitos. Uma boa dica é ficar longe de televisão e celular. Também vale descansar os talheres no prato, enquanto mastiga. Um bom tempo para finalizar um almoço ou jantar é 20 ou 30 minutos.

4. Valorize o fracionamento alimentar, mas não se prenda a ele

O fracionamento alimentar auxilia no controle do apetite. Por isso, recomenda-se não ficar longos períodos sem ingerir um alimento. É comum a recomendação de não ultrapassar 3 ou 4 horas sem um alimento, pois, assim evitamos excessos e destemperos na nossa ingestão (pessoas com muita fome podem acabar comendo grandes quantidades de gordura, sal ou açúcar que depois poderão fazer mal).

No entanto, não existem regras rígidas quanto a isso. Se você é saudável e se sente bem e sem fome entre o almoço e o jantar, por exemplo, pode seguir assim! Se suas refeições estão balanceadas e sem exagero, um prazo maior que 3 ou 4 horas pode ser viável para o seu organismo. Confira sempre com o profissional que te acompanha.

Tomar café da manhã, por exemplo, não chega a ser uma obrigação. Existem muitos pacientes que relatam não sentir fome nesse período e, como já dissemos, não há uma regra absoluta para isso. Se a pessoa usufruir de boa saúde dessa maneira, tudo bem pular essa refeição. Porém, a disciplina do café da manhã pode ajudar a criar uma rotina saudável de alimentação e até de preparo do alimento.

Em relação ao jejum intermitente, prática comum hoje, não existem evidências científicas suficientes provenientes de estudos controlados envolvendo humanos.

5. Evite alimentos ultraprocessados

Os alimentos ultraprocessados devem ser evitados, pois, geralmente, são ricos em gorduras e açúcares, além de conterem alto teor de sódio para auxiliar na durabilidade do produto e realçar o sabor.

Assim, uma das principais dicas de como se alimentar bem é priorizar os alimentos in natura. Bons exemplos do que precisamos comer diariamente são frutas, verduras, legumes, arroz e feijão.

Os mitos das dietas

Quando o assunto é “como se alimentar bem”, não faltam mitos com relação ao tema. Os mais comuns são:

  • mito da “água com limão em jejum ajuda a emagrecer”: na verdade, não existe nenhuma comprovação cientifica quanto à perda de gordura a partir disso — quem deseja perder peso pode criar estratégias com alimentos que ajudam na digestão, a exemplo das fibras;
  • mito do “refrigerante zero açúcar pode ser tomado sem preocupação”: na verdade, ele é muito prejudicial, devido à existência de adoçantes artificiais, corantes e muito sódio;
  • mito do “alimentos diet não engordam”: na verdade, esses alimentos são isentos de açúcar, por serem feitos para um público que não pode ingerir essa substância, como pessoas com diabetes — porém, eles costumam ter muitas calorias e gordura, o que não é recomendando para quem deseja o emagrecimento;
  • mito do “adultos não precisam tomar leite’: na verdade, o leite é um alimento proteico e rico em cálcio, por isso é muito saudável — se não houver restrições alimentares, não deve ser excluído da dieta.

Por fim, é importante entender: muitas das dicas de como se alimentar bem são plenamente adaptadas para a rotina e a correria. Feijão e legumes, por exemplo, podem ser preparados com antecedência e, depois, congelados em porções diárias. Sua disposição e sua saúde, certamente, agradecerão esse cuidado.

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