Ergonomia: aprenda a mantê-la em alta e cuidar da saúde do seu corpo

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Na correria do dia a dia, é normal que não nos atentemos a alguns detalhes que podem não apenas melhorar a eficiência das nossas atividades, como também ajudar na prevenção de uma série de problemas que geram incômodo, prejuízo à produtividade e, acima de tudo, perda de qualidade de vida. É justamente nesse grupo de cuidados que a ergonomia se encontra. E não é raro que ela seja deixada de lado.

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Pensando nisso, neste artigo vamos mostrar o que efetivamente significa pensar na ergonomia, desde os primeiros estudos nesse campo do conhecimento, até os benefícios que esse cuidado pode trazer no ambiente de trabalho e no cotidiano das pessoas.

Afinal, o que é ergonomia? 

A palavra ergonomia tem origem no grego, por meio da junção dos termos ergon (trabalho) e nomos (lei ou regra). Ou seja, numa tradução livre seria algo como “as leis (ou regras) do trabalho”, o que de certa forma dá uma dica do que ergonomia significa na prática.

Com isso em mente, é possível definir a ergonomia como o meio pelo qual uma tarefa pode ser desempenhada, com o auxílio de determinados recursos e métodos, com maior conforto, eficiência e segurança.

Indo mais além, a Associação Internacional de Ergonomia desde 2000 define o termo como a “disciplina relacionada ao entendimento das interações entre os humanos e outros elementos ou sistemas e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar e o desempenho sistema”.

Contudo, apesar da palavra ter origem grega, a ergonomia como disciplina e campo de estudo não começou na Grécia Antiga. O primeiro registro formal do termo é do século IXX e foi popularizado pelo biólogo polonês Wojciech Jarstembowsky. Para ele, a ergonomia deveria entender de que forma as atividades humanas são desenvolvidas em relação ao esforço, relacionamento, pensamento e dedicação.

É claro que a preocupação com aspectos ergonômicos começa com o desenvolvimento do tempo. Isso certamente vem de muito antes. É só pensar que desde que os seres humanos construíram suas primeiras ferramentas, ainda na pré-história, há uma preocupação sobre a forma mais eficiente e confortável de usar cada utensílio.

Todavia, foi ao longo do século XX que a ergonomia teve sua importância reconhecida pelo fortalecimento como campo de estudo. Nesse contexto, houve a elaboração de diversas normas que privilegiavam a e ergonomia no desempenho de uma série de tarefas, principalmente no ambiente de trabalho. A finalidade disso era reduzir o risco de lesões ou acidentes e aumentar a eficiência e a produtividade.

Aos poucos, esse campo de estudo foi além e a preocupação com a ergonomia alcançou atividades de lazer, recreação e práticas esportivas, entre outras sempre com o objetivo de oferecer conforto e segurança.

Qual é o seu objetivo?

Entender o conceito de ergonomia já ajuda a compreender, ao menos em parte, quais são alguns dos seus objetivos.

Assim, é possível apontar que o principal objetivo da ergonomia é oferecer conforto, segurança e reduzir a chance de acidentes e problemas de saúde, inclusive no ambiente de trabalho, mas não só nele. Para isso, todo o estudo da ergonomia pode estar calcado em três pilares:

  • Correção de erros;
  • Redução de riscos;
  • Prevenção.

Desse modo, a ergonomia pode lançar mão de uma série de recursos para melhorar condições de trabalho ou do exercício de determinada atividade, levando em conta as capacidades e as limitações de quem desempenha aquela função. Entre as principais intervenções possíveis com base em princípios ergonômicos estão:

  • Análise e correção de postura;
  • Avaliação da movimentação corporal;
  • Implementação de equipamentos adequados;
  • Correção dos fatores físicos do ambiente.
  • Sensibilização a respeito dos riscos;

Com isso, é esperado que a ergonomia seja capaz não só de promover a saúde e evitar acidentes, como também incrementar a eficiência e a produtividade. Em outras palavras, isso pode significar fazer mais com menos, sem que tal opção resulte em incremento nos riscos ou no desgaste físico e mental dos responsáveis por cada tarefa.

Não seria exagero, portanto, apelidar a ergonomia como uma espécie de ciência do conforto, que tem como intuito tornar a realização de determinadas tarefas mais seguras, otimizando todo o esforço necessário para que elas sejam concretizadas.

Quais são os principais tipos de ergonomia?

Com o tempo o estudo da ergonomia avançou bastante, o que fez com o campo de estudo se dividisse em uma série de ramificações que, embora mantenham em seu cerne a preocupação central com a disciplina, tendem a explorar de forma mais direta outras questões adicionais.

Assim, cada um desses diferentes tipos de ergonomia pode se adaptar a diferentes contextos, ambientes ou mesmo propósitos. Por isso, nos tópicos a seguir exploramos um pouco mais as particularidades de cada uma dessas alternativas.

Ergonomia Física

Também chamada de ergonomia clássica, esse tipo de ergonomia está na base da disciplina e se preocupa entre a anatomia humana e sua relação com o ambiente onde o trabalho (ou qualquer outra atividade) está sendo realizado e de que forma cada parte do corpo se adapta às condições impostas para realizar a tarefa pretendida.

Em paralelo, a ergonomia física trabalha com a necessidade de que é preciso adaptar os equipamentos utilizados às limitações do corpo humano para que ele não precise agir além de suas capacidades, o que aumenta o risco de lesões e acidentes.

Desse modo, a ergonomia física se propõe a trabalhar a postura, reduzir ou eliminar movimentos repetitivos e a adequação do ambiente de acordo com as necessidades de cada um ou conforme normas que orientam tal preocupação.

Ergonomia do Ambiente

Com a evolução dos estudos ergonômicos, percebeu-se que outros aspectos, além da relação da anatomia humana com os equipamentos utilizados, tinham impacto no conforto, no desempenho e na segurança. Ou seja: o ambiente que cerca o trabalhador também interfere nos objetivos propostos e resultados esperados. A partir disso é que a chamada ergonomia do ambiente ganhou espaço nas discussões.

Desse modo, agentes ambientais muito comuns, como o barulho, a iluminação e a temperatura passaram a ser considerados como aspectos fundamentais. E isso, claro, tem razões óbvias: ruídos em excesso ou temperatura inapropriada podem trazer prejuízo à saúde e prejudicar o desempenho.

Ergonomia Cognitiva

A ergonomia cognitiva, por sua vez, tem como objetivos avaliar de que forma certos aspectos fisiológicos e psicológicos interferem no trabalho realizado e o que pode ser feito para aprimorar tais parâmetros.

Essa preocupação ganhou mais espaço a partir do momento em que muitas atividades e vários dos postos de trabalho deixaram de estar relacionados a ações braçais. Passaram a ser desenvolvidos por meio de computadores e máquinas, que exigem uma capacidade intelectual muito maior do que as atividades predominantes antes da era digital.

Logo, a ergonomia cognitiva se concentra na maneira em que a interações entre pessoas e entre as máquinas interferem na tomada de decisões e como cada atividade contribui para o aumento da carga de trabalho mental. O que favorece a perda de capacidade produtividade, o estresse e até mesmo o surgimento de doenças que afetam a psique do trabalhador.

Quando pensamos no ambiente corporativo, com cada vez mais trabalhos exigindo alta capacidade de concentração e raciocínio lógico, ignorar a preocupação de como tais atividades interferem na cognição de cada um prejudica não só a saúde individual, como também o desenvolvimento da empresa.

Ergonomia de Correção

Desdobramento direto da ergonomia física, a ergonomia de correção atua por meio de alterações que façam com que o indivíduo se adeque às condições do ambiente para proteger sua saúde e obter uma eficiência maior na realização de cada tarefa, a partir de situações já identificadas previamente.

Com isso, todas as adaptações feitas no ambiente serão mais bem aproveitadas, garantindo a redução de riscos ergonômicos e ampliação do conforto por meio da realização de cada atividade da melhor forma possível, de maneira segura e correta.

Ergonomia Organizacional

Por fim, temos a ergonomia organizacional. De certa forma, ela é uma expansão de tudo o que concepções mais tradicionais de ergonomia englobam e tem como intuito equilibrar as relações internas dentro do ambiente de trabalho para que toda a estrutura esteja em prol da melhoria do desempenho coletivo.

A partir disso, a ergonomia organizacional se concentra em resolver questões que podem prejudicar o trabalho como um todo, a partir da gestão adequada dos recursos humanos, garantindo o bem-estar de todos, levando em conta o maior número de variáveis possíveis.

Com isso, são considerados fatores que vão desde a organização das escalas de trabalho para que ninguém fique sobrecarregado, até a melhoria da comunicação interna e da distribuição de feedbacks efetivos.

Ou seja, se a ergonomia tradicional foca na ponta da cadeia de produção, em quem efetivamente opera a máquina e exerce a tarefa, a ergonomia organizacional faz com o setor de gestão faça o necessário para garantir a organização de um ambiente saudável em todas as escalas.

Qual a sua função em um ambiente corporativo?

Se você chegou até aqui, já deve ter notado quais as funções da ergonomia no ambiente de trabalho. As preocupações com esse fator devem estar no topo da lista de prioridades de quem quer aumentar a eficiência sem que isso comprometa a saúde e o bem-estar dos responsáveis por cada tarefa.

Todavia, se isso já não fosse o suficiente, várias normas legais regulamentam alguns dos aspectos essenciais da ergonomia no ambiente de trabalho, No Brasil, por exemplo, a legislação aponta diversas obrigações em relação a ergonomia do ambiente de trabalho, por meio principalmente da Norma Regulamentadora nº 17, também conhecida apenas como NR 17.

Do ponto de vista jurídico, a NR 17 é regulamentada pela portaria Nº 3.214, de 08 de Junho de 1978, que tem como objetivo orientar sobre a aplicação do que está disposto no Capítulo V, Título II, da CLT (a Consolidação da Lei do Trabalho). Todo esse conjunto de textos legais tem como intuito principal resguardar a saúde no ambiente de trabalho.

Em linhas gerais, a NR descreve as práticas necessárias para reduzir o risco ergonômico dos trabalhadores. Para isso, ela considera parâmetros que favoreçam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas de cada empregado, propiciando o maior nível possível de conforto, segurança e eficiência. Desse modo, a estrutura da NR 17 leva em conta:

  • Cuidados com ações como levantar, transportar e descarregar materiais de forma individual.
  • Adequação do mobiliário dos postos de trabalho;
  • Avaliação dos Equipamentos dos postos de trabalho;
  • Adaptação das Condições ambientais de trabalho;
  • Todos os aspectos que dizem respeito à organização do trabalho.

Duas áreas de trabalho posteriormente receberam anexos à NR 17, devido às especificidades dessas atividades: operadores de check-out (caixas de supermercado, por exemplo) e operadores de telemarketing ou teleatendimento. No mais, uma série de normas técnicas adicionais acrescentam detalhes sobre cuidados com a ergonomia, em diferentes contextos.

Toda as ações voltadas para promover a ergonomia do ambiente de trabalho devem prever etapas de:

  • Concepção do programa, onde se levantam os riscos ergonômicos da atividade e o que pode ser feito para amenizá-los.
  • Conscientização dos colaboradores, para fornecer treinamentos que ajudem na prevenção dos riscos ergonômicos mapeados
  • Ações de correção, que foca na aplicação das adaptações necessárias e no aperfeiçoamento de todas as propostas de reforço de aspectos ergonômicos dentro do ambiente de trabalho.

Como aplicar a ergonomia no trabalho home office e na vida em geral?

De qualquer forma, independentemente da regulação imposta por meio da legislação trabalhista, os cuidados com a ergonomia não precisam ficar restritos aos ambientes de trabalho convencionais. Com a adesão maciça de regimes de trabalho remoto (o chamado home office), a preocupação com o conforto e a segurança no dia a dia precisa também ser transportada para as casas de todo mundo.

A boa notícia é que com alguns cuidados básicos e um pouco de disciplina, é possível reforçar esse aspecto durante o trabalho de casa ou em outros momentos da rotina. Os tópicos a seguir exploram algumas dessas recomendações.

Preserve a postura a frente do computador

Quem trabalha de casa tem grandes chances de passar quase toda a jornada na frente do computador. E para evitar que tal exigência afete a saúde é essencial observar cuidados que vão desde a postura na cadeira até a disposição do equipamento na estação de trabalho.

É importante, por exemplo, que o monitor esteja na altura dos olhos, entre 45 cm e 70 cm deles. Isso evita que o pescoço fique sobrecarregado. O teclado, por sua vez, deve ser regulável e permitir que os punhos fiquem alinhados em relação a sua posição.

As costas e os pés também merecem atenção especial: a cadeira deve ter encosto para garantir o conforto apropriado. Já os pés devem ficar apoiados no chão ou em um suporte desenvolvido com esse fim.

Observe o ambiente de trabalho

Para ter um ambiente de trabalho agradável, comece pela iluminação: garanta que a visibilidade seja boa. No sentido oposto, o ideal é que o computador não fique contra uma janela, já que essa fonte de luz pode ofuscar a luminosidade do monitor e exigir que você faça esforço adicional.

No mais, regule sempre que possível a temperatura e tente eliminar focos de barulho, que além de desagradáveis, prejudicam a concentração e favorecem a fadiga mental.

Realize pequenos alongamentos

A realização de pequenos alongamentos (ou mesmo caminhar alguns passos) de tempos em tempos durante a jornada de trabalho traz uma série de benefícios a ergonomia de quem faz home office.

Eles ajudam a ativar a circulação e a prevenir lesões por esforço repetitivo e inflamações nos tendões, entre outros problemas gerados por longos períodos numa mesma posição.

Mantenha uma rotina saudável

Indo além do período de trabalho, privilegiar uma rotina saudável também contribui para fortalecer a ergonomia no dia a dia. A receita para isso você certamente já conhece: pratique exercícios físicos de forma regular, mantenha uma dieta adequada e a hidratação do corpo e descanse de maneira apropriada.

Esses hábitos não só trarão uma melhor qualidade de vida, como ajudarão em um melhor desempenho no trabalho, além de promover a prevenção de uma série de doenças que comprometem o bem-estar individual e até mesmo reduzem a longevidade. Como exemplo disso podemos citar as doenças cardiovasculares e o diabetes, entre outras doenças crônicas não transmissíveis.

Tome cuidado durante as tarefas domésticas

Do mesmo modo que você não vai trabalhar com a postura descuidada, realizar uma série de atividades domésticas sem o devido cuidado pode gerar prejuízos à saúde. Logo, avalie como você desempenha cada tarefa e evite carregar pesos, torcer o tronco para alcançar objetos, agachar o corpo flexionando a coluna e não os joelhos, entre outros cuidados.

Quais são os benefícios da ergonomia? 

A adoção de cuidados que favoreçam a ergonomia é o tipo de prática que traz benefícios tanto para uma empresa quanto para os colaboradores dela. Para provar que ambos saem ganhando nesse cenário, listamos algumas das vantagens obtidas quando o conforto e a segurança são priorizados.

Prevenção de doenças e lesões

Muitas das doenças e lesões que têm como base o ambiente de trabalho pode ser prevenido com a adequação dos parâmetros ergonômicos de cada tarefa. Ou seja, se a empresa e os colaboradores sofrem demais com condições atreladas a esse fator, ignorar o problema só tende a piorar a situação.

Redução do absenteísmo

Além disso, muitas dessas doenças e lesões têm em comum o fato de que elas geram desde faltas devido a incapacidade de o colaborador desempenhar sua função até longos períodos de ausência do trabalho por afastamento médico. E há sempre o risco do presenteísmo: quando o trabalhador comparece para trabalhar, mas não tem condições de exercer sua função de forma adequada.

Aumento na produtividade e redução dos custos.

A preocupação com a ergonomia nunca deve ser vista apenas como um meio para alcançar ganhos de produtividade, mas é inegável que esse benefício é percebido em ambientes de trabalho que privilegiam todos os aspectos do conforto e da segurança do colaborador. No longo prazo, é possível acompanhar uma redução nas despesas com saúde.

Melhoria na qualidade de vida geral

No fim, toda melhoria de cada aspecto ergonômico em toda atividade desenvolvida no ambiente do trabalho certamente reforçará a qualidade de vida dos trabalhadores como um todo, tornando a rotina na empresa mais agradável e permitindo que eles aproveitem melhor cada aspecto da vida.

Quais são os riscos da ausência de ergonomia? 

Mais do que não usufruir de todos os benefícios da ergonomia na qualidade de vida, quem ignora esses cuidados pode ter que lidar com uma série de problemas, que além de prejuízos financeiros e organizacionais, trarão transtornos à vida de quem sofre com eles.

Lesões por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) está entre os principais riscos ergonômicos, uma vez que pode ser diretamente gerada ou agravada por ambientes inapropriados de trabalho. Para se ter uma ideia, apenas em 2019 mais de 39 mil pessoas foram afastadas do emprego devido ao problema.

A LER é uma síndrome que inclui um grupo de doenças com sintomas como dor nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentá-los, formigamento, fadiga muscular e redução na amplitude do movimento.

Além disso, não é propriamente uma doença. É uma síndrome constituída por um grupo delas: tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias. São doenças que afetam músculos, nervos e tendões dos membros superiores, principalmente, e sobrecarregam o sistema musculoesquelético. A LER provoca dor e inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região comprometida. A prevalência é maior no sexo feminino.

A LER também é chamada de DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), LTC (Lesão por Trauma Cumulativo), AMERT (Afecções Musculares Relacionadas ao Trabalho) ou síndrome dos movimentos repetitivos. Ela é causada por mecanismos de agressão, que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua execução, até vibração, postura inadequada e estresse.

Existem profissionais expostos a um maior risco de desenvolver a LER: pessoas que trabalham com computadores, em linhas de montagem e de produção ou operam britadeiras, assim como digitadores, músicos, esportistas e pessoas que fazem trabalhos manuais, como por exemplo, tricô e crochê.

Doenças Psicossociais

Ambientes altamente estressantes podem também gerar as condições para o desenvolvimento de uma série de doenças de natureza psíquica, como depressão, transtornos de ansiedade e síndrome de burnout.

Desconforto, fadiga e cansaço mental

Parte das condições que levam ao desenvolvimento de transtornos psíquicos, lesões e acidentes no ambiente de trabalho residem na soma entre desconforto, fadiga e cansaço mental.

Logo, toda a preocupação com a ergonomia deve estar cercada por cuidados que previnam que os colaboradores atinjam tal grau de esgotamento e não consigam atuar de forma adequada devido à sobrecarga de trabalho e o estresse.

Descumprimento da legislação

Se isso já não fosse suficiente, a inadequação do ambiente às melhores práticas de ergonomia implicam no descumprimento da legislação, visto que a NR 17 está atrelada a CLT. Caso alguma irregularidade seja flagrada, a empresa pode ter que arcar com multas e processos na justiça trabalhista.

Como conclusão, vale reforçar que todo o trabalho de promoção de melhoria da ergonomia está associado quase sempre a ações de medicina preventiva, que atuam de forma precoce em busca das melhores soluções em prol da saúde, do bem-estar e de uma melhor qualidade de vida.

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Revisão técnica: João Gabriel Pagliuso, médico da Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein.

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