Você sabia que a gordura excessiva no fígado é um problema de saúde que afeta cerca de 25% da população mundial, incluindo adultos e crianças? E que esse número tende a aumentar ano a ano? Se não tratada adequadamente, a esteatose hepática não alcoólica (NASH, na sigla em inglês), pode evoluir para casos mais graves de fibrose hepática, cirrose e até mesmo câncer de fígado.
Desde 2018, a Global Liver Institute (GLI), instituição internacional cuja missão é promover informações e ampliar as abordagens para combater as doenças hepáticas, instituiu o dia 12 de junho como o Dia Internacional de Combate à Esteatose Hepática Não Alcoólica (NASH Day).
O objetivo nesse caso é fazer com que a comunidade médica e a sociedade como um todo foquem no alerta sobre os riscos, apontem medidas de prevenção, formas de diagnóstico e conscientização sobre essa doença que já é considerada um problema de saúde pública.
O que acha, então, de conhecer um pouco mais sobre essa doença e entender como ela pode ser prevenida? Confira!
Quais são as principais causas e fatores de risco?
Qualquer pessoa está suscetível a ter gordura no fígado e as principais causas são:
- obesidade;
- diabetes tipo 2;
- hipertensão arterial;
- colesterol alto;
- resistência a insulina;
- dislipidemia (excesso de gordura no sangue);
- ter mais de 50 anos.
Quando acontece o diagnóstico?
O diagnóstico acontece quando o paciente apresenta alta quantidade de lipídios (gordura) nas células do fígado. Ultrassom e exames simples de sangue são as formas mais utilizadas, além de outros exames e avaliações; a biópsia é indicada apenas para casos mais graves.
Quais são os sintomas de gordura no fígado?
Não costuma apresentar sintomas no início. Após danos sensíveis no fígado, os pacientes podem relatar:
- fadiga mesmo após descanso;
- mal-estar;
- aspecto amarelado na pele;
- dor no lado direito superior do abdômen;
- dor abdominal;
- enjoo, às vezes.
Já em casos graves, podem ser observados sintomas como:
- pele e olhos amarelados;
- coceira na pele;
- inchaço da barriga, pernas e tornozelos;
- urina escura;
- confusão mental;
- hemorragia (vomitar sangue).
Quais são as melhores alternativas para a prevenção?
A gordura hepática é silenciosa, portanto, é prudente que você regularmente consulte seu médico para avaliar a situação do seu fígado — especialmente se você apresenta os fatores de risco mencionados acima.
A principal recomendação para evitar a gordura no fígado é adotar uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e evitar ou moderar o consumo de bebidas alcoólicas. Confira mais dicas:
- leia os rótulos nutricionais para encontrar gordura, açúcar e sódio ocultos;
- tenha uma meta de comer cinco porções de frutas e legumes por dia;
- coma alimentos ricos em fibras, incluindo grãos integrais;
- use azeite extravirgem como principal gordura adicionada;
- consuma peixe de 2 a 3 vezes por semana;
- evite alimentos industrializados e ultraprocessados, prefira os naturais;
- troque bebidas açucaradas e refrigerantes por água ou bebidas com poucas calorias;
- evite porções grandes demais;
- afaste-se de fast-food e frituras.
Atividade física é a principal aliada da alimentação balanceada. Por isso:
- pratique em média 60 minutos de exercícios físicos por dia — não precisa de ser tudo ao mesmo tempo: ande mais, faça exercícios, suba escadas sempre que possível;
- entenda que o sono é importante, então estabeleça uma hora para dormir, para que tenha descanso suficiente;
- reduza o tempo em frente a telas, como celular, TV e computador, limitando o uso das redes sociais — esse tipo de hábito pode, inclusive, interferir no sono e na atividade física.
O que fazer como tratamento de gordura no fígado?
Para todos os pacientes, as recomendações são parecidas com as da prevenção, ou seja, adotar um estilo de vida mais saudável, com melhora da dieta e com a prática de atividade física. Para pacientes com diabetes ou sobrepeso, a principal indicação é perder peso.
Os medicamentos utilizados nessa fase geralmente se relacionam com o tratamento de doenças associadas, como diabetes, obesidade, colesterol alto e pressão alta.
Para casos mais graves, existem drogas em estudos que podem ajudar a reverter a fibrose/cicatrizes (cirrose) — ainda em pouco uso no mundo. Em último caso, pode ser necessário o transplante de fígado.
As formas de tratamento devem ser conduzidas sempre por profissionais especializados, e nunca o paciente deve se autodiagnosticar ou realizar tratamento, qualquer que seja, por sua própria conta. Seja prudente, faça check-up anual e converse com o seu médico sobre a gordura no fígado.
Apesar de ser uma doença grave e atingir uma parcela considerável da população mundial, existem muitas formas de prevenir que ela surja no seu organismo. E o melhor de tudo: com práticas simples que podem ser adicionadas ao seu dia a dia.
Uma das principais formas de evitar a gordura no fígado é uma rotina de exercícios físicos, certo? O que acha, então, de conferir 9 ótimas opções para você realizar atividades físicas em casa?