A gripe (Influenza) é uma infecção viral respiratória aguda e altamente contagiosa que pode atingir pessoas de todas as idades, incluindo bebês, crianças, adultos e idosos. Ao contrário do resfriado, pode levar a complicações e internações.
A gripe é transmitida através da tosse, espirro e contato próximo com uma pessoa ou superfície contaminada. Em estações mais frias do ano, as pessoas costumam permanecer em ambientes mais fechados, o que contribui para a transmissão do vírus.
Em idosos e portadores de doenças crônicas, a gripe pode evoluir para casos mais graves, como pneumonia, sinusite, otite e até causar a morte.
Quais são os sintomas da gripe?
Os sintomas da gripe surgem de maneira súbita: febre, tosse, dor de garganta e de cabeça, coriza, calafrios e tremores. Em média, a gripe dura uma semana.
Quais as formas de prevenção à gripe?
A vacina é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A pessoa precisa se imunizar todos os anos porque o vírus da gripe sofre mutação. Assim, novas vacinas são produzidas anualmente. As doses não contêm o vírus da Influenza vivo, o que significa que não há risco de a vacina causar a gripe.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina para grupos classificados como prioritários devido ao risco de complicações da gripe. Esses grupos incluem pessoas a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), profissionais do setor de saúde, professores, povos indígenas, portadores de determinadas doenças crônicas não transmissíveis, caminhoneiros, motoristas de ônibus e população carcerária. As demais pessoas podem tomar a vacina em clínicas privadas.
Pequenos hábitos, como lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em gel e cobrir a boca ao tossir e espirrar, também ajudam na prevenção.
Quais são os tipos de vírus da gripe?
Existem quatro tipos de vírus causadores da gripe: A, B, C e D.
Os vírus Influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais e têm maior relevância. O tipo A, por exemplo, é o responsável pelas grandes pandemias de gripe no mundo.
O Influenza A é classificado em diversos subtipos, sendo que as principais contaminações ocorrem pelos subtipos H1N1 e H3N2. Já o Influenza B possui duas linhagens: Victoria e Yamagata.
Menos frequente, o vírus tipo C infecta humanos e suínos, mas as infecções são leves e não estão relacionadas com pandemias. Por fim, o tipo D foi identificado nos Estados Unidos em suínos e bovinos, porém, não infecta humanos, segundo o Ministério da Saúde.
Quais as formas de tratamento para a gripe?
Costuma-se tratar os sintomas, como febre e dor de cabeça, para proporcionar mais conforto aos pacientes. Além dos medicamentos sintomáticos e da hidratação, o Ministério da Saúde também recomenda o uso de fosfato de oseltamivir (Tamiflu) para todos os casos de síndrome gripal em pacientes que tenham condições e fatores de risco para complicações, independentemente da situação vacinal e do tempo de sintomas.
O tratamento em pacientes considerados de risco para desenvolver complicações graves é importante, pois reduz a duração dos sintomas e a ocorrência de complicações da infecção pelo vírus Influenza. Segundo o Ministério da Saúde, são considerados pacientes de risco:
- Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
- Adultos maiores de 60 anos;
- Crianças com menos de 5 anos;
- População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;
- Pessoas com menos de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye);
- Pessoas que apresentem pneumopatias (incluindo asma); tuberculose de todas as formas; cardiopatias; doenças renais; doenças hepáticas; doenças hematológicas; distúrbios metabólicos; diabetes, transtornos neurológicos e do desenvolvimento; imunossupressão associada a medicamentos; obesidade.
Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em clínica médica, medicina interna, cardiologia e ecocardiografia. É cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.