Perguntas para o pediatra: 7 respostas que você sempre quis saber

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Se você está por aqui, é bem provável que tenha algumas perguntas para o pediatra. Afinal, lidar com crianças é uma delícia, mas também um grande desafio — e isso é ainda mais real quando o assunto envolve pais de primeira viagem. De repente, você se vê responsável por um serzinho que não consegue expressar as próprias vontades. 

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Mas saiba que você não está só. Há um personagem que está sempre caminhando com a sua família: o médico pediatra. Ele será responsável pelos cuidados dos seus filhos até que eles completem os 13 anos de idade. É uma jornada e tanto!

Neste post, você vai conferir as respostas para perguntas comuns que se faz a um pediatra. Claro que isso não dispensa o acompanhamento médico, mas você pode e deve se informar! Então acompanhe o texto.

Como funcionam as consultas com o pediatra?

Todas as consultas com o pediatra, desde o início da vida do seu bebê, serão divididas em dois estágios: a conversa e o exame físico. 

Durante o bate-papo com os responsáveis, o médico fará perguntas sobre o estado de saúde da criança, os seus hábitos e muito mais. Esse é, também, o momento em que você poderá falar sobre as suas queixas, questionamentos e percepções.

Depois, é hora do exame físico. Com base naquilo que foi dito durante a conversa e em padrões normais das consultas, o médico examinará o pequeno e fará as anotações pertinentes no prontuário, para futuras referências e acompanhamento.

Quais são as principais perguntas para o pediatra?

Agora é hora de conferir sete dos questionamentos mais comuns que as pessoas fazem aos médicos da pediatria. Vamos lá?

1. Qual é a periodicidade ideal para consultas? 

Isso depende. Para bebês que estão no primeiro mês de vida, podem ser recomendadas de duas a três consultas ao longo do mês. Até os seis meses, devem ocorrer uma vez por mês; e, após esse período, uma consulta a cada dois meses é suficiente, até que o pequeno complete dois anos de idade.

A partir dos 24 meses de vida, as consultas podem acontecer trimestralmente, até os seis anos. Depois, é possível que elas sejam semestrais ou até anuais, a depender do que o pediatra responsável tem a dizer.

2. Como deve ser a alimentação das crianças? 

A alimentação de cada criança deverá seguir as recomendações do pediatra que a acompanha. Isso porque cada pessoa é única e tem necessidades próprias. No entanto, há uma regra: o aleitamento materno ou o uso de fórmulas, em casos específicos devem ser a principal forma fonte de alimentação até os seis meses de idade.

Após os seis meses, a criança entra em um processo conhecido como introdução alimentar. Fale com o pediatra responsável para entender como ela deve ser feita e quais são as recomendações.

3. Como deve ser feita a higiene bucal? 

Ao contrário do que se imagina, a higiene bucal dos pequenos deve ser iniciada bem antes dos primeiros dentinhos aparecerem. Você pode higienizar as gengivas do bebê com delicadeza, com o uso de uma gaze umedecida com água fervida, uma vez ao dia. 

Após a erupção do primeiro dente, é hora de começar a escovação dental, também diariamente. Com o passar do tempo, a frequência da higienização pode aumentar progressivamente.

4. O que é considerado normal entre as crianças?

Com o passar do tempo, você vai conhecer o seu filho com mais detalhes. Esse é um processo, então, não se sinta mal por não ter todas as respostas de imediato.

Mas saiba que é normal que crianças chorem no começo das suas vidas, sintam cólicas e apresentem um certo nível de refluxo, além de dormir bastante (ainda que esse seja um sono fracionado). Caso ache que algo está exagerado, não hesite em levar seu pequeno para uma consulta com um pediatra.

5. Qual é a frequência ideal de banhos?

Os banhos em recém-nascidos podem ser dados cerca de duas a três vezes por semana. Não há necessidade de banhá-los diariamente! No entanto, é preciso que a higiene íntima, durante a troca de fraldas, seja feita com muita cautela. Isso é válido até o primeiro ano de vida.

Depois disso, os banhos podem ser diários. É preciso estimular a autonomia da criança gradativamente, ensinando sobre a higiene pouco a pouco. Por volta dos seis anos de idade, se ela se sentir pronta, já é possível deixá-la tomar seus banhos sem supervisão.

6. Quais são os principais sinais de alerta? 

É necessário, também, incluir os sinais de alerta entre as perguntas para o pediatra. De modo geral, eles incluem pontos como:

  • Ausência de urina por mais de 24 horas;
  • Ausência de fezes por mais de 48 horas;
  • Febre;
  • Vocalização excessiva (grunhidos, gemidos, entre outros);
  • Não conseguir dormir por mais de 24 horas;
  • Choros incessantes, que duram mais de 3 horas ao longo do dia;
  • Respiração acelerada (com mais do que 60 movimentos abdominais por minutos);
  • Ausência de respiração por mais de 20 segundos;
  • Barulhos ou dificuldade para respirar;
  • Mucosas (parte interna da boca, por exemplo) arroxeadas ou azuladas;
  • Unhas azuladas;
  • Diarreia;
  • Cheiro ruim na região do umbigo;
  • Palidez da pele ou pele fria;
  • Dificuldade para mamar;
  • Sonolência excessiva, de modo que se torna difícil manipular a criança sem que ela volte a adormecer;
  • Vômitos excessivos;
  • Convulsões.

Caso note qualquer um desses sinais, leve o bebê imediatamente a um serviço de saúde.

7. Quais são as vacinas necessárias durante a infância?

Outro cuidado muito importante para as crianças é a vacinação. Com isso, elas ficam imunes a uma série de doenças — muitas delas fatais ou com consequências muito graves para a saúde.

A importância da vacinação é, portanto, imensurável. Você pode conferir o calendário completo para os 12 primeiros meses de vida do bebê clicando aqui!

Isso é tudo?

É claro que não! Ao longo da vida dos seus filhos, muitas outras dúvidas vão surgir. E cada pessoa é única, o que faz com que seja muito importante se atentar às características de cada indivíduo e, assim, direcionar os questionamentos com base nas particularidades.

Crie o hábito de ter uma conversa aberta com o seu pediatra, a fim de estabelecer uma relação de confiança e respeito e permitir que ele conheça o seu filho quase tão bem quanto você. Assim, o acompanhamento será muito mais eficiente!

Gostou de saber essas respostas de perguntas para o pediatra? Esperamos que sim! Agora, anote-as em um caderninho e coloque lá, também, os seus próprios questionamentos. Assim, você pode tirar todas as suas dúvidas durante as próximas consultas. Faça disso um hábito e desenvolva uma relação de confiança com o profissional.

Para continuar a se informar, venha aprender mais sobre a área da Pediatria!

Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

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